No Star Trek Day, a série Picard , além da apresentação do segundo trailer, teve a participação de Jeri Ryan (Sete de Nove) e uma performance ao vivo de Isa Briones (Soji Asha) cantando “Blue Skies”. Não houve um painel, já que vários membros do elenco estavam ausentes (foi dito que Sir Patrick Stewart estava ocupado com as filmagens da terceira temporada), assim como a produção.
Mas durante o evento, o site TrekMovie teve a oportunidade de entrevistar o co-showrunner e produtor executivo da série Akiva Goldsman, que deu algumas informações a respeito do que podemos esperar desta segunda temporada, em especial de dois conhecidos vilões.
Sobre a produção da série, Goldsman revelou que a terceira temporada começou imediatamente após o fim das gravações da segunda, e que ele, embora tenha iniciado a escrita da segunda temporada em 2020, só terminou no início de 2021.
Segundo o produtor, foi o co-showrunner Terry Matalas (do filme 12 Macacos) quem trouxe a ideia de viagem no tempo.
Terry disse: “Ei, vamos fazer Star Trek IV: The Voyage Home”. E nós meio que cavamos isso.
O grande retorno à franquia foi do ator John de Lancie, na interpretação de Q. Goldsman comentou que, desta vez, veremos um Q, de fato, muito diferente daquele visto na série.
Eu vejo Q como diferente. O que queríamos expor Q – que por sinal, era um pouco mais complexo do que era para os outros personagens – é o tempo que passou. Queríamos permitir o tempo entre a primeira temporada de A Nova Geração e Picard. Isso foi muito importante para nós. Queríamos que esses anos intersticiais fossem importantes. Agora, Q não opera pelas mesmas regras quando se trata de tempo e espaço, então tivemos que encontrar uma maneira de criar um movimento único dentro de Q para dar a ele uma razão para estar em uma série que é sobre o destino, capacidade no final da vida, oportunidades de aprender coisas que ainda não aprendemos.
Ao ser perguntado se Q seria um adversário ou companheiro de Picard, o produtor desconversou.
Eu acho que realmente gostaria que o público decidisse sobre o que eles pensam do papel de Q. Direi que, à medida que vão os relacionamentos significativos na vida de Picard, seria difícil imaginar muitos, se houver, que sejam mais significativos do que Q.
Já com relação a introdução da rainha Borg nesta temporada, Goldsman revelou que ela terá um papel diferente do que foi nas séries A Nova Geração e Voyager.
Acho que a utilidade da Rainha Borg aqui provavelmente não é o que você espera que seja. E eu acho que o que Picard está lutando nesta temporada – e isso não deveria ser nenhuma surpresa em uma temporada sobre viagens no tempo – é na sua própria história.
Uma participação ainda está cercada de mistério é de Whoopi Goldberg, como Guinan. Ano passado, ela foi convidada, ao vivo, por Patrick Stewart (entrevistado do programa The View), para participar da segunda temporada. No entanto, nada mais foi dito sobre sua presença nesta temporada e nem mesmo a atriz tem dado entrevistas. Quando perguntado, Goldsman manteve o mistério, limitando-se apenas a sorrir, sem comentários.
Quanto a duração da série, o produtor disse que o plano inicial para Picard era fazer três temporadas, com a primeira sendo aquela a desencadear toda a história do personagem:
Bem, a esperança era fazer três, mas ninguém deu luz verde para três temporadas de televisão, ao que parece. Portanto, o plano era sempre três. A esperança sempre foi três. O gatilho desencadeador foi para a primeira, e então o plano permaneceu três.
Apesar do plano para três, as duas temporadas seguintes são histórias separadas.
Eu vejo as temporadas dois e três como histórias separadas. Mas vejo um, dois e três, como histórias separadas de uma peça.
E quanto a continuação? Ainda há esperança para uma quarta temporada?
Sim, eu acho que três [temporadas] é a história como se imagina. Para mim, quantas temporadas Patrick Stewart quiser, são quantas temporadas de Picard deve haver.