Guerra Fria Temporal volta para estabelecer a mitologia da série
Sinopse
Data: 9 de setembro de 2151
A Enterprise muda de curso para estudar um berçário estelar, quando detecta uma nave nas proximidades. Ao entrar em contato, Archer pergunta o que os alienígenas fazem por ali e é informado pelo capitão da nave, Fraddock, de que um grupo de peregrinos está a bordo para observar um singular fenômeno astronômico que ocorre a cada onze anos naquela região –a explosão de nêutrons na superfície de uma jovem protoestrela.
A ocasião, conhecida por esses alienígenas como a “Grande Pluma de Agosoria”, tem uma conotação religiosa para eles, que representa os ciclos de constante criação pelos quais passa o Universo. Diante do singular grupo, Archer oferece a hospitalidade da Enterprise ao capitão Fraddock, convidando-os para um tour pela nave.
Sem o conhecimento da tripulação da Enterprise, um dos membros do grupo que vem a bordo é Silik, o suliban que Archer enfrentou meses antes. Ele foi enviado para uma missão a bordo da Enterprise por um misterioso ser do futuro, que troca com os sulibans tecnologia genética por obediência.
Enquanto os visitantes estão a bordo, a Enterprise começa a passar por uma série de eventos turbulentos no interior da nuvem. As descargas que disparam na direção da nave provocam um curto nos sistemas da engenharia que, em cascata, atingiria o reator de dobra e explodiria toda a nave. Isso só não aconteceu porque Silik desconectou um dos cabos de conexão da engenharia, sem que ninguém percebesse.
Os peregrinos voltam à nave alienígena, levando junto o dr. Phlox, que fará um estudo mais detalhado de sua cultura a pedido do capitão Archer. Enquanto isso, Tucker determina o que evitou que a Enterprise fosse pelos ares, mas constata que nenhum de seus oficiais desconectou o cabo. A desconfiança recai sobre algum dos peregrinos, uma vez que alguns deles demonstraram grande conhecimento da tecnologia de dobra.
Archer contata o capitão Fraddock, mas o alienígena diz que seus passageiros todos negam participação no evento. O capitão da Enterprise dá prosseguimento a seu trabalho, quando é abordado por Daniels, um de seus oficiais. Ele diz que precisa urgentemente conversar com o capitão, mas Archer diz que não tem tempo. Só quando revela conhecer o que aconteceu entre o capitão e Silik na Hélice é que Archer decide dar ouvidos a seu subordinado.
A pedido de Daniels, os dois vão até os aposentos do tenente, que só então revela que não é um oficial da Frota Estelar, mas sim um espião infiltrado na tripulação de Archer. Ele diz ter vindo do século 31 para proteger a linha do tempo das intervenções dos sulibans, na chamada Guerra Fria Temporal. Depois de demonstrar tecnologia altamente avançada, ao acionar um aparelho que imediatamente transforma as imediações do quarto em uma espécie de observatório temporal, Daniels revela que foi Silik quem evitou a destruição da Enterprise e pede ajuda do capitão para capturá-lo.
Archer diz que precisa conferenciar com seus oficiais superiores antes de tomar uma decisão. Ele se reúne com Tucker e T’Pol e revela tudo o que Daniels lhe disse. A vulcana é cética, descredenciando a possibilidade de viagem no tempo com base em estudos científicos feitos por cientistas vulcanos. Tucker parece acreditar mais na história, mas se incomoda com ajudar Daniels a capturar o responsável pela salvação da Enterprise.
Quando o capitão é informado de que os peregrinos e Phlox estão de volta à nave para observar o pico de atividade da Grande Pluma, ele decide que não há mais tempo para debate. Ordena que Tucker e T’Pol auxiliem Daniels a conectar seu equipamento aos sensores da nave para detectar a presença de Silik.
A dupla e Daniels começam a trabalhar na engenharia, enquanto Archer vai até o refeitório para observar os visitantes, na tentativa de encontrar Silik. A cerimônia de observação ocorre como o previsto, com Phlox conduzindo as preces, e Archer se recolhe a seus aposentos. Lá, ele é surpreendido por Silik.
O suliban diz ao capitão que Daniels mente, e que é ele que na verdade tem intenção de mudar a linha do tempo – Silik teria sido enviado para impedir que Daniels conseguisse fazer isso, destruindo a Enterprise. O suliban, entretanto, não sabe quem está atrás dele e pede a cooperação de Archer. O capitão em princípio não concorda, mas é logo contatado por T’Pol, que comunica que as modificações estão concluídas e que Daniels está ansioso para começar o rastreamento. Ao descobrir quem está atrás dele e onde, Silik tonteia Archer e vai até a engenharia.
Lá, Daniels detecta sua presença e pede a Tucker que providencie a evacuação do local. A engenharia é esvaziada, mas Silik consegue surpreender Daniels e matá-lo. Tucker e T’Pol, observando do lado de fora da engenharia, tentam comunicar Archer do que está acontecendo. Ao não ouvir resposta do capitão, convocam Phlox aos aposentos do capitão e se encontram lá.
Phlox acorda Archer, que fica sabendo do que aconteceu e decide ir atrás de Silik. O capitão passa nos aposentos de Daniels, somente para descobrir que o suliban roubou o equipamento que cria o observatório temporal. Com a tecnologia recém-instalada na Enterprise, a tripulação consegue determinar em que local da nave está Silik, e Archer passa a segui-lo.
Os dois têm um confronto no hangar das cápsulas auxiliares, onde Archer consegue danificar o equipamento roubado por Silik. O suliban então decide partir. Ele despressuriza o hangar, quase atirando Archer ao espaço, e então mergulha rumo a sua nave, que parte em seguida, em velocidade de dobra. Archer quase morre pelo vácuo do hangar despressurizado, mas consegue restabelecer o ar no compartimento antes de sufocar.
A ponte comunica que Silik está fugindo e pergunta se a Enterprise deve segui-lo, ao que Archer ordena que a nave mantenha posição. Finalmente, antes de escrever um complicado relatório para a Frota Estelar, o capitão instrui Reed a selar os antigos aposentos de Daniels, pois não se sabe que outros segredos aquele quarto ainda pode guardar.
Comentários
Na primeira vez em que ouvi alguns fãs mencionarem o grande arco da Guerra Fria Temporal que permeia o conceito de Enterprise como sendo a “mitologia da série”, achei que eles estavam apenas “colando” de Arquivo-X. Lá que se ouvia o tempo todo essa história de mitologia para lá, mitologia para cá.
Pois bem, “Cold Front” provou que esses fãs tinham razão. Tal e qual está se desenhando, o arco da Guerra Fria Temporal é muito mais parecido com uma trama saída de Arquivo-X do que de qualquer outro arco produzido em Jornada nas Estrelas. Isso porque as bases desse conceito são o suspense e o mistério, e não simplesmente o de uma história épica e de longa e continuada duração, como foram os arcos de Deep Space Nine, ou mesmo os “quase-arcos” de A Nova Geração.
E o papel de “Cold Front” nessa mitologia é justamente o de adicionar ingredientes de suspense e mistério, em vez de movimentar personagens e eventos. Praticamente nada de novo se aprende sobre a tal da Guerra Fria Temporal ou de seus agentes. Muito ao contrário, os sulibans, que até então eram os vilões assumidos da série, ganharam neste episódio uma conotação muito mais misteriosa. Afinal, Silik é o responsável pelo fato de a Enterprise estar inteira para o episódio seguinte!
Isso colocou esses supostos vilões em seu devido lugar. Não como uma raça malévola por definição, mas apenas como a força-tarefa de uma organização de outra época cujas intenções ainda são desconhecidas.
No episódio, finalmente temos a chance de ver, ao menos de relance, com quem os sulibans estão travando essa guerra temporal. Daniels parece ser um dos “good guys”, mas aposto que ninguém, nem Archer, colocaria a mão no fogo por ele. Isso ajuda ainda mais a colocar lenha nessa interessante linha de história que está sendo desenvolvida ao longo da série.
Além de trazer a saga iniciada em “Broken Bow” de volta à ordem do dia, o episódio aproveita para tocar, de forma cruzada, em um outro elemento relativamente pouco abordado em Jornada nas Estrelas: religião. Aqui ela não é discutida proeminentemente, já que seu papel é bastante irrelevante. Entretanto, ninguém pode deixar de registrar quando religiões terrestres são mencionadas. Os roteiristas foram especialmente espertos ao ligar com a religiosidade do nosso capitão. Quando perguntado sobre o assunto, Archer preferiu desconversar: “Procuro manter a mente aberta”, respondeu.
Mais uma vez são grandes agentes da história apenas Archer, T’Pol e Tucker, além dos convidados Daniels e Silik. Mas parece que nesse episódio os roteiristas conseguiram um incrível equilíbrio da participação dos outros regulares da série, envolvendo-os em boas interações uns com os outros, mas sem necessariamente tomar parte na história principal.
É um modo mais sutil de explorar todos os personagens da série do que o usado, por exemplo, em Deep Space Nine, onde duas histórias paralelas iriam andar juntas ao longo de um episódio para colocar todos os personagens para fazer alguma coisa. Entretanto, nem por isso é menos efetivo.
Os diálogos entre Hoshi, Mayweather e Reed na ponte são agradáveis de se acompanhar e conseguem dizer bastante sobre os personagens em pouco tempo. O tom intelectual de Hoshi surge quando ela demonstra preferir um bom livro a um filme; Mayweather mostra sua empolgação de estar na Enterprise, ao decidir, após uma marota sugestão de Hoshi, sentar na cadeira do capitão depois que Reed o deixa no comando; e o oficial de armamentos mostra todo o seu sarcasmo ao pedir a um embaraçado Mayweather, ainda na cadeira do capitão, autorização para retomar seu posto na ponte.
É incrível como duas linhas de roteiro bem escritas valem mais que mil com teor desinteressante. Essa cena com Mayweather fez muito mais pelo personagem (apesar da reminiscência inevitável com o pobre Harry Kim, de Voyager) do que um episódio inteiro devotado a ele, no caso, “Fortunate Son”. A sequência toda também ajuda a nos mostrar o modo de vida dos humanos do século 22, que claramente ainda conseguem obter bom entretenimento de filmes “B” de ficção científica.
Reed claramente é um adepto desse gênero. O diálogo dele com Mayweather na ponte, mais uma vez em tom sarcástico, dá a entender que ele tem algo a ver com a escolha do filme exibido a bordo da nave na noite anterior. E isso só vem a confirmar a frase do capitão Archer em “Fight or Flight”: “Você anda vendo muitos filmes de ficção científica”. Mais um ponto para a caracterização do personagem.
Phlox também teve sua chance de brilhar ao realizar um intercâmbio com os alienígenas, visitando sua nave e descobrindo mais sobre sua cultura. A cena em que ele entoa a prece para a Grande Pluma é bem executada e Billingsley, como de costume, manda uma convincente atuação para seu personagem.
Outra característica interessante que brota do médico da Enterprise é a do observador e bisbilhoteiro. Em onze episódios, Phlox já especulou sobre a atividade sexual de tripulantes (“Fight or Flight”), a gravidez de Tucker (“Unexpected”), a vida pessoal de T’Pol (“Breaking the Ice”) e, agora, ele já pega no ar a inquietação de Archer e, sem rodeios, tenta inquiri-lo sobre o que estaria incomodando o capitão. Sem dúvida, ninguém pode reclamar de comportamento esquizofrênico ou incoerente do médico de bordo.
T’Pol está bastante apagada aqui, apenas cumprindo a função de ser a “cética de bordo”. Tucker conquista a audiência com seus maneirismos, mas não dá grande contribuição. Archer acaba recebendo o melhor tratamento do trio, mas mesmo assim não diz muito sobre seu personagem.
Ainda assim, sobra um osso para ele. A cena em que Archer não diz nada e apenas se senta em sua cadeira no centro da ponte, no fim do episódio, diz muito mais sobre sua inquietação e confusão do que os 40 minutos anteriores do episódio. Vai aí um crédito a Scott Bakula pela excelente interpretação, em uma cena que não exigia muito mais que o seu silêncio.
Silik se mostra um recorrente mais interessante do que em “Broken Bow”, confirmando a perspectiva de que ele poderia ser mais desenvolvido do que vimos no piloto da série. E a interação dele com Archer é, no mínimo, interessante. O fato de ele sempre chamar o capitão de John dá um tom terrivelmente opressor às cenas, tornando-o um vilão bastante atraente. Silik sempre se pronuncia com um tom de que “eu sei mais do que você imagina sobre tudo isso, John”, o que só traz brilho ao confronto dos dois.
E por falar em confronto, os dois mais uma vez se enfrentam no estilo Série Clássica, com muitos socos e pontapés, o que ajuda a estabelecer o novo padrão de Enterprise, comparando a série com suas predecessoras imediatas. Nada contra isso. Na briga dos dois, só me incomodou mesmo o fato de Archer ter sobrevivido tanto tempo em um ambiente a vácuo. Não só por conseguir não ser sugado para o espaço, o que já foi uma grande façanha, mas por ter suportado tanto tempo um ambiente de pressão zero sem simplesmente explodir. Os roteiristas muitas vezes esquecem que a falta de ar para respirar é o menor dos problemas de quem está no vácuo. Pois é, esqueceram de novo.
Em termos de enredo esse é o único porém do episódio, que em geral apresenta poucos e contornáveis furos da perspectiva do roteiro. Já do ponto de vista da execução, a forçada e longa cena entre Archer e Daniels logo no começo do episódio dá uma desnecessária dica ao telespectador de que esse tripulante não vai ser um “zé mané” ao longo da história. Sem dúvida uma surpresa que poderiam ter guardado para depois.
De resto, a direção de Robert Duncan McNeill mostrou a confiança e a habilidade usuais do ator convertido em diretor. A música de Jay Chattaway foi perfeita, mostrando como esse compositor está tendo mais facilidade para criar o novo ambiente musical de Jornada nas Estrelas. Os efeitos são espetaculares, diferentes de tudo que já tínhamos visto na franquia até então. O visual do observatório temporal é incrível, assim como do berçário estelar.
E a cena final, em que a câmera se aproxima lentamente da porta dos aposentos lacrados de Daniels, enquanto surgem os créditos dos produtores-executivos, é simplesmente sensacional. Dispensa totalmente o letreiro “To be continued…”. Mas não se preocupe: “Cold Front” foi só o começo.
Avaliação
Citações
“The bridge looks a lot different from here. Think anyone would mind if I fired a torpedo?”
“Permission to take my station?”
“Sorry, sir.”
(“A ponte parece bem diferente daqui. Você acha que alguém se incomodaria se eu disparasse um torpedo?”)
(“Permissão para assumir meu posto?”)
(“Desculpe, senhor.”)
Mayweather e Reed
You’re asking me to capture someone who just saved my ship. Why should I trust you?”
“You like your scrambled eggs soft. Have I ever brought them to you any other way?”
(“Você está pedindo para eu capturar alguém que acabou de salvar minha nave. Por que deveria confiar em você?”)
(“Você gosta dos seus ovos mexidos moles. Eu já os trouxe de algum outro modo?”)
Archer e Daniels
“The Vulcan Science Directorate has studied the question of time travel in great detail. They found no evidence that it exists or that it can exist.”
(“O Diretório de Ciência Vulcano estudou a questão de viagens no temo em grande detalhe. Eles não encontraram evidência de que exista ou de que possa existir.”)
T’Pol
“I always knew we’d be meeting people from other planets, but… other centuries? You’re not buying any of this, are you?”
“If Daniels could travel through time, then why not simply go back one more day into the past and prevent Silik from boarding this ship in the first place?”
“Maybe that’s plan B.”
(“Eu sempre pensei que iríamos encontrar pessoas de outros planetas, mas… de outros séculos? Você não está engolindo nada disso, está?”)
(“Se Daniels pudesse viajar pelo tempo, então por que não simplesmente voltar um dia a mais no passado e evitar que Silik venha a bordo desta nave em primeiro lugar?”)
(“Talvez esse seja o plano B.”)
Tucker e T’Pol
“You keep saying you’re here to help us. But I can’t stop wondering what kind of genetic enhancements you’ll get for bringing back that little prize. Eyes in the back of your head? A pair of wings?”
“That’s a cynical attitude, John. I thought your species was more trusting.”
(“Você fica dizendo que está aqui para nos ajudar. Mas não posso parar de pensar que tipo de melhoria genética você ganhará por levar esse pequeno prêmio. Olhos na nuca? Um par de asas?”)
(“Essa é uma atitude cínica, John. Pensei que sua espécie fosse mais crédula.”)
Archer e Silik
Trivia
- Robert Duncan McNeill é mais conhecido dos fãs como o Tom Paris, de Voyager. Mas ele já tem uma carreira relativamente desenvolta como diretor de TV, incluindo quatro episódios de Voyager, um episódio de Dawson’s Creek e um curta-metragem chamado 9mm of Love. McNeill também esteve observando as filmagens de The West Wing, como potencial diretor para a série.
- Em entrevista ao Trek Brasilis, McNeill revelou como foi sua primeira experiência em dirigir um episódio de Enterprise. “Minha experiência foi diferente do que esperava. É divertido quando você é um ator na série, e eu conhecia todos os outros atores muito bem, tínhamos atalhos, você sabe, eu podia usar um exemplo familiar a todos e eles pegavam a ideia imediatamente. Com Enterprise, é tudo novo em folha, e eu não conheço os atores muito bem, então foi bem incomum. Fiquei surpreso em ver quão desafiador foi, porque a maioria dos meus episódios de Voyager foi um verdadeiro prazer, e eles foram trabalho duro, mas eles foram… tudo fluiu junto suavemente, e o de Enterprise foi um pouco mais desafiador. Mas a outra coisa interessante foi que Enterprise, no episódio que dirigi, era incomum para Jornada nas Estrelas, porque não teve realmente um final. Você sabe, normalmente no fim de um episódio de Jornada nas Estrelas, há uma moral para a história e as coisas acabam meio que bem, e esse aqui foi deixado com o final em aberto. Você sabe, Silik escapa da Enterprise e não há lição a ser aprendida, exceto a de que pode haver mais problemas no caminho.”
- O roteirista Andre Bormanis aproveitou “Cold Front” para comentar a abordagem própria que Enterprise terá sobre viagens no tempo. “Algo que distinguiu Enterprise de outras Jornadas é que um conceito como viagem no tempo é uma legítima ‘coisa de maluco’ para Archer e cia.”, disse. “Eles pensam nisso como ficção científica, enquanto nas outras séries era fato estabelecido.”
- Bormanis também comentou sobre a exploração de religião na série. “Eu não sei se os temas espirituais serão desenvolvidos em Enterprise do jeito que foram em Deep Space Nine, mas eles vão aparecer de tempos em tempos.”
- “Cold Front” apresenta o primeiro uso de Porthos, o cachorro do capitão Archer, como um personagem atuante. Ele é o único capaz de identificar a presença do suliban Silik a bordo.
- John Fleck faz sua segunda aparição na série como Silik, sendo a primeira em “Broken Bow”. Ele já havia sido ator convidado de A Nova Geração, Deep Space Nine e Voyager. Mas, curiosamente, quando Silik está disfarçado como um peregrino, é outro ator que interpreta o personagem.
- Matt Winston faz sua estreia em Jornada, como Daniels. Ele já interpretou papéis em filmes de ficção como A.I. e Galaxy Quest. Micheal O’Hagan (Fraddock) já apareceu em filmes como Velocidade Máxima 2 e Fim dos Dias. Joseph Hindy (Prah Mantoos) já participou de séries como Lei & Ordem e Judging Amy. Leonard Kelly-Young (Sonsorra) também fez séries conhecidas, como C.S.I. e Beverly Hills 90210.
Ficha Técnica
Escrito por Steve Beck & Tim Finch
Dirigido por Robert Duncan McNeill
Exibido em 28 de novembro de 2001
Título em português: “Frente Fria”
Elenco
Scott Bakula como Jonathan Archer
Jolene Blalock como T’Pol
John Billingsley como Phlox
Anthony Montgomery como Travis Mayweather
Connor Trinneer como Charlie ‘Trip’ Tucker III
Dominic Keating como Malcolm Reed
Linda Park como Hoshi Sato
Elenco convidado
John Fleck como Silik
Matt Winston como Daniels
Michael O’Hagan como capitão Fraddock
Joseph Hindy como Prah Mantoos
Leonard Kelly-Young como Sonsorra
Lamont D. Thompson como Silik (peregrino alienígena)
James Horan como figura humanoide [não-creditado]
Enquete
Edição de Mariana Gamberger
Revisão de Susana Alexandria