A CBS anunciou nesta quarta-feira (2) que Star Trek: Discovery terá em sua terceira temporada a inclusão dos primeiros personagens não binário e transgênero da história da franquia, Adira e Gray.
A ideia, segundo o estúdio, é prosseguir celebrando os valores de diversidade que sempre marcaram a saga criada por Gene Roddenberry nos anos 1960: “infinita diversidade em infinitas combinações”.
Interpretando Adira, “altamente inteligente e com confiança muito maior que sua idade”, temos Blu del Barrio, artista de natureza não binária que adota em sua vida o pronome de tratamento elu (no inglês they/them). Segundo a CBS, Adira encontrará um novo lar na USS Discovery e formará um vínculo inesperado com o tenente-comandante Paul Stamets (Anthony Rapp) e com o dr. Hugh Culber (Wilson Cruz).
Del Barrio estava no último ano de estudos na Academia de Música e Arte Dramática de Londres quando fez o teste para o papel de Adira. Atua no cinema e curtas-metragens desde os 7 anos de idade e fará agora sua estreia na televisão.
Em uma entrevista à GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, ONG americana de defesa dos direitos LGBTQI+), Blu falou mais sobre Adira, descrevendo a personagem como alguém com “maravilhosa complexidade”. “Principalmente por causa dessa dualidade que tem internamente: surpreendentemente inteligente e ainda assim, criança. Experimenta suas emoções em um nível elevado, como a maioria dos adolescentes. É isso que faz tão divertido. Gosto de descrever Adira como cerebralmente brilhante e emocionalmente como um cachorrinho. Adira tem introversão, mas mantém algumas pessoas perto do coração, com o que definitivamente concordo. Não quero falar muito e me meter em problemas, mas no final das contas, Adira é uma personagem singularmente estranha e bonita.”
Já para viver Gray, a produção de Discovery escalou Ian Alexander, 19, que adota os pronomes de tratamento elu (they/them) e ele (him/his). Trata-se da primeira pessoa transgênero de origem asiático-americana a atuar na televisão dos EUA, tendo já passado pela série The OA, da Netflix.
Alexander qualifica Gray como um exemplo de “empatia e calor, com ansiedade para cumprir o sonho de vida de ser um hospedeiro trill”. “Mas ele terá de se adaptar quando sua vida pega um caminho inesperado.”
Ainda não se sabe o tamanho do papel dos dois na trama da terceira temporada, que seguirá a chegada da USS Discovery ao longínquo século 32, uma época jamais mostrada antes no universo de Jornada nas Estrelas. O primeiro episódio do novo ano vai ao ar em 15 de outubro nos EUA, via CBS All Access, e no dia seguinte aqui no Brasil, pela Netflix. Serão ao todo 13 episódios, exibidos ao ritmo de um por semana.
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