ATENÇÃO: ESTE ARTIGO CONTÉM SPOILERS!
O CBS All Access disponibilizou nesta quinta-feira (13), nos Estados Unidos e Canadá, o segundo episódio de Star Trek: Lower Decks, denominado “Envoys” (“Enviados”). Como sempre, buscamos os easter eggs e referências aos demais seriados e filmes da franquia. Confira a seguir.
Mariner e Tendi encontram no corredor da Cerritos um ser de energia, capaz de modificar o ar e criar novas formas. Em “The Bonding”, episódio de A Nova Geração, a Enterprise visita o planeta Koinonian, onde existiram duas formas de habitantes, uma física e uma energética. Só a forma de energia sobreviveu e invade a nave. Eles também eram capazes de criar ambientes completos e pessoas. Em “The Child”, episódio que abre a segunda temporada da série, uma forma de energia entra na nave e acaba manifestando-se como Ian, filho da conselheira Troi.
Boimler treina para cumprimentar o General K’rin dizendo “nuqneh”. Esta é uma saudação klingon que foi usada no episódio “The Emissary” de Star Trek: The Next Generation. Mariner, conversando com o general, diz que seu “ngech” (clivagem) ficou mole.
Tendi quer assistir ao pulsar Trivoli. Pulsar é uma estrela de nêutrons em rotação rápida, que envia fluxos de elétrons quase à velocidade da luz ao longo de seus polos magnéticos. Essas partículas subatômicas emitem radiação eletromagnética, incluindo ondas de rádio, luz visível, raios-X e raios gama, de forma que, como o pulsar gira, elas parecem um pulso de luz para um observador.
No shuttle, Mariner está comendo macarrão com hashis. Vários personagens usaram hashis em Star Trek, por exemplo Jean-Luc Picard em “Pegasus”, de A Nova Geração.
No shuttle, Mariner está sonhando e menciona “Enterrado vivo”, “Largada pela eternidade”, “Luas de Níbia”. Todas são falas de Jornada nas Estrelas: A Ira de Khan.
O general K’orin usa um tapa-olhos aparafusado, como o general Chang de Star Trek: The Undiscovered Country.
Mariner luta com o general K’rin usando uma faca d´k tahg klingon, que depois vai parar no console LCARS do shuttle. Esse tipo de arma foi usado por Worf em 2367, quando ele se sentiu impotente, devido a problemas de falta de sono rem e foi para o seu quarto fazer o ritual de suicidio. (The Next Generation, episódio “Night Terrors”).
Mariner e o general K’rin bebem bloodwine no shuttle. Bloodwine é uma bebida alcoólica popular entre os Klingons, melhor servida quente, que apareceu no episódio “The Way of the Warrior” de Deep Space Nine. O primeiro humano conhecido por consumir a bebida foi Jonathan Archer, enquanto aguardava o veredicto de seu julgamento em Narendra III, em “Judgment” de Star Trek: Enterprise.
Quando Marine e o general estão bebendo no shuttle, falam sobre as aventuras que tiveram no planeta Jaxa Prime. No episódio “Lower Decks” de Star Trek: The Next Generation, a tripulante que morre era a alferes bajoriana Sito Jaxa. O nome do planeta citado pode ser uma homenagem a ela.
Ao desembarcar do shuttle, Mariner fala para Boimler que o general só precisa de um raktajino quente. Este é o café klingon, servido quente ou gelado. A bebida era eminentemente popular entre os membros da Frota Estelar em Deep Space Nine, especialmente com a equipe sênior da estação, como o Dr. Bashir em “Dax”.
Ao chegar em Tulgana IV, um casal da espécie Evora é visto passando por Mariner e Boimler. Essa espécie foi vista em Star Trek: Insurrection.
Atrás deles, aparecem dois arcturianos, aliens criados para Star Trek: O Filme, carregando a mesma mala que carregam no filme. Na figura, ao meio, como foram criados e à direita, como apareceram no filme.
Boimler fala que eles provavelmente estão violando os acordos Khitomer. Estes consistem em dois tratados históricos de paz entre o Império Klingon e a Federação Unida de Planetas. O primeiro foi assinado no planeta klingon Khitomer, no filme Star Trek VI: The Undiscovered Country. O segundo, que proibia o uso de armas subespaciais, foi desrespeitado abertamente pelos Son’a em Insurrection.
O alferes Boimler cita ainda a Seção 31, uma organização que alegou proteger os interesses de segurança da Terra Unida e, mais tarde, da Federação. Em meados do século 23, ela foi considerada uma divisão crítica da Inteligência da Frota Estelar (Star Trek: Discovery, “Saints of Imperfection”). No século 24, acreditava-se que eram uma organização desonesta e não era considerada parte da Federação (Star Trek: Deep Space Nine, “Inquision”, “Inter Arma Erin Silent Leges” e “The Dogs of War”). Star Trek terá uma série baseada na Seção 31, estrelada por Michelle Yeoh.
Na cena aberta do mercado, aparecem mais aliens conhecidos. À direita, um aureliano, que apareceu em “Yesteryear” de Star Trek: The Animated Series; em cima à esquerda, ariolos, uma espécie senciente semelhante a centauros, vistos anteriormente em segundo plano e fora de foco, nas cenas do Conselho da Federação no filme Star Trek IV: The Voyage Home. Pode ser visto também um luriano, andando no terraço, também visto na luta do bar e explicado mais adiante.
No mercado, Mariner e Boimler param em um banca que vende gagh. Gagh era uma iguaria klingon feita de vermes, que a maioria dos klingons preferia comer vivos. Existem vários tipo de gagh, Muitos humanos achavam gagh nojento, mas William T. Riker e Jean-Luc Picard alegaram ter desenvolvido um gosto por ele, como visto nos episódios “A Matter of Honor” e “Unification”, de A Nova Geração. O Doutor Julian Bashir ocasionalmente gostava de gagh, como em “Melora” e “ Inquisition” de Deep Space Nine.
A atendente do mercado aponta uma mek’leth para Mariner e Boimler. Worf já usou essa arma klingon algumas vezes, como em “To the Death” e em “Change of Heart” de Deep Space Night, e na cena do disco defletor em Star Trek: First Contact.
Mariner e Boimler cruzam, no mercado, com dois kaelons. Os kaelons eram uma civilização humanoide inteligente nativa do planeta Kaelon II. Eles eram isolacionistas e pouco se sabia de sua cultura fora do planeta. Os kaelons eram externamente semelhantes aos humanos, exceto por linhas escuras nas laterais de suas cabeças. Eles aparecem no episódio “Half a Life” de A Nova Geração.
Ainda no mercado, quando Boimler esbarra no taxor, atrás da Mariner existe uma barraca de armas klingon, onde são vistas armas da Série Original e dos filmes dessa época, de A Nova Geração e também da linha do tempo Kelvin.
Durante a simulação da ponte no holodeck, a nave está sendo sugada por uma fenda temporal. Fendas temporais apareceram em vários episódios de Star Trek, como por exemplo em “Yesterday´s Enterprise”, episódio de Star Trek: The Next Generation, quando a Enterprise-C passa por uma fenda temporal e emerge 22 anos no futuro, onde encontra a Enterpise-D.
Quando Boimler está sentado na fonte, esperando a Mariner, uma pessoa se aproxima e diz que ele ama jamaharon. Esta era um rito que se originou no planeta Risa, o planeta do prazer, como citado no episódio “Captain’s Holiday” de A Nova Geração. O desejo de participar do jamaharon era indicado pela exibição de uma horga’hn, uma pequena estátua que era o símbolo da sexualidade em Risa e que é reproduzida na fonte. Risa e jamaharon também são citados na conversa entre Mariner e Quimp, seu amigo ferengi.
O tenente Shaxs chama do holodeck o programa smorgasborg, um trocadilho com smörgåsbord, uma refeição de múltiplos pratos do tipo buffet, servida na Suécia, reunindo variadas iguarias típicas do país. O programa consiste em uma variedade de borgs, em um simulador de combate. Rutherford arranca o olho do último borg que ele enfrenta, lembrando a cena de Star Trek: Picard, onde o olho de Icheb é arrancado.
No planeta, Boimler pergunta se Mariner quer falar também sobre os telaritas, uma espécie humanoide semelhante a porcos, do planeta Tellar Prime. Em 2161, seu mundo natal tornou-se membro fundador da Federação Unida de Planetas. Apareceram em todos os seriados de Star Trek, e em dois filmes: The Voyage Home e The Undiscovered Country.
No bar, Boimler e Mariner encontram um transmorfo (shape shifter), que inicialmente é um ancião andoriano, depois um vendoriano e em seguida uma criança andoriana. Transmorfo é um termo genérico, aplicado a uma forma de vida que consegue alterar sua forma para assumir aparências diferentes. Vários seriados Star Trek apresentaram raças com essa habilidade, tanto humanóides, como os sulibans de Star Trek: Enterprise, os devidians de A Nova Geração, os chameloides do filme The Undiscovered Country como não humanóides, como, por exemplo, os wraith de Enterprise e os vendorianos do episódio “The Survivor” da Série Animada. O mais conhecido transmorfo é Odo, um changelling que era chefe de segurança da estação Deep Space Nine, representado por René Auberjonois.
Encontram também um luriano, uma espécie humanoide nativa do planeta Luria. O mais famoso é Morn, dono de um negócio especializado no transporte de cargas e cliente frequente do bar do Quark em Deep Space Nine.
No meio da luta, achamos um andoriano usando um ushann-tor, uma ferramenta de mineração no gelo. Shran e Jonathan Archer utilizaram ushaan-tors durante seu duelo a bordo da Enterprise em 2154, no episódio “United” de Star Trek: Enterprise.
Mariner aplica o Kirk-fu, um termo bem conhecido, usado em Star Trek: Kirk Fu Manual – A Guide to Starfleet’s Most Feared Martial Art, livro de referência lançado em março de 2020. O livro é um guia de treinamento para as habilidades de luta praticadas por James T. Kirk.
Ao sair caminhando, Mariner e Boimler param em um parque, com rochas semelhantes a Vasquez Rocks. uma das mais icônicas locações de Star Trek, recentemente utilizadas em Star Trek: Picard, como local do trailer da Raffi. Na visão geral do parque podem ser vistas várias rochas semlhantes e também as embaixadas da Federação Unida de Planetas, do Império Klingon, do Império Estelar Romulano e da Aliança Ferengi.
A seguir, eles encontram um ferengi. Os ferengi são uma espécie humanoide do planeta Ferenginar. A civilização ferengi foi construída na livre iniciativa, onde ter lucro era o único objetivo significativo na vida, substituindo todos os outros esforços. O ferengi mais famoso é Quark, dono do bar, em Star Trek: Deep Space Nine.
Rutherford e Tendi aparecem trabalhando em um tubo jefferies em naves da Frota Estelar, tubos Jefferies ou vias de serviço eram um tipo de túnel de acesso ou conduíte de manutenção interna, que eram usados para fornecer acesso da tripulação aos vários sistemas das naves. No universo de Jornada nas Estrelas, os tubos jefferies foram provavelmente nomeados em homenagem ao engenheiro da Frota Estelar do século 22, W.M. Jefferies. Na realidade, este tubo faz referência a Matt Jefferies, designer da USS Enterprise original e diretor de arte de Star Trek: The Original Series.
Esses foram as referências e easter eggs que encontramos. Se você achou mais alguns, coloque nos comentários abaixo!