E se Quentin Tarantino de fato for fazer um filme de Star Trek e trouxer William Shatner de volta? Em entrevista ao Trek Brasilis, o icônico ator conta o que gostaria de ver para o próximo capítulo da saga do bom e velho capitão James T. Kirk.
“Eu acho que o que o capitão Kirk estaria interessado é no que seriam a matéria escura e a energia escura”, disse o ator, por telefone, ao TB. “Aparentemente, elas compõem 95% do universo e não sabemos o que são.”
A entrevista, realizada em 1º de outubro, foi parte de uma teleconferência de imprensa com representantes de várias partes da América Latina para divulgar a nova série estrelada por Shatner, The UnXplained. O programa de não ficção do History Channel, que teve oito episódios em sua primeira temporada, explora casos e situações misteriosas do mundo que nos cercam. O formato é francamente inspirado em outra série do mesmo tipo, In Search Of, estrelada originalmente por… Leonard Nimoy. (Um revival, de 2018, teve Zachary Quinto, o Spock dos filmes de J.J. Abrams, como apresentador.) No Brasil, The UnXplained deve chegar em maio de 2020.
Durante o bate-papo com os jornalistas, Shatner falou um pouco mais, com seu bom humor característico, do que espera de um filme de Star Trek potencialmente feito por Tarantino. “Ele é um diretor maravilhosamente imaginativo que faz ação muito bem. Então eu presumo que ele fará um Star Trek com muitas corridas e pulos, e ambos eu faço muito bem.”
Sempre trabalhando em mil coisas ao mesmo tempo, o ator revelou que está no meio das gravações de um álbum de blues, além de trabalhar na nova série e promover ações de caridade, entre muitas outras atividades. Aos 88 anos, Shatner se vê no ponto mais alto de sua carreira. “Estou no auge dos meus poderes como ator agora. Eu continuo a descobrir novas coisas sobre mim mesmo e as técnicas envolvidas.”
Confira o rápido papo exclusivo do Trek Brasilis com o ator e leia a seguir o texto completo da entrevista, em que ele fala do que o atrai no desconhecido, em como se apaixonou por ficção científica e em como ser um ícone cultural impacta em seu trabalho.
Trek Brasilis – Seu papel mais famoso como capitão Kirk envolvia estar lá fora, explorando o desconhecido, e você volta agora a explorar o desconhecido, com The UnXplained. O que há no desconhecido que o fascina e como vai ser desta vez?
William Shatner – Eu não sei. (Silêncio esquisito.) Estou brincando. É parte do… É a mesma curiosidade sobre tudo sobre nós. Vivemos num mistério, não sabemos por que estamos aqui, onde vamos, por que o universo está se expandindo, e por que um homem que estava em coma acorda do coma e é capaz de tocar piano de concerto sem nunca ter estudado piano antes. Então, esses grandes mistérios, esses pequenos mistérios, eles são inexplicáveis, eles são inexplicados, e nossa série é sobre esses mistérios maravilhosamente intangíveis que parecem não ter resposta, embora alguns estejam provocativamente próximos de ter uma resposta.
Trek Brasilis – Queria perguntar algo de Star Trek…
Shatner – Claro!
Trek Brasilis – Porque recentemente muito tem se falado de Quentin Tarantino querer fazer um filme de Star Trek, e adorar você, e você disse que o adora também e estaria disposto a voltar. E me pergunto: qual você acha que seria o próximo passo do capitão Kirk naquele universo? O que você gostaria de explorar com o personagem?
Shatner – Há tanto que explorar no universo, Salvador. O universo é desconhecido para nós. Eu acho que o que o capitão Kirk estaria interessado é no que seriam a matéria escura e a energia escura. Aparentemente, elas compõem 95% do universo e não sabemos o que são.
Pergunta – Há muitas séries que falam sobre mistérios. No que esta é diferente?
Shatner – O que é diferente nesta série de mistério é o deslumbramento e o maravilhamento com que encaramos esses mistérios. Falando por mim mesmo, ando por aí constantemente encantado pelo mundo em que vivemos e pelo mundo que está na fronteira da nossa percepção. Vivo em deslumbramento e maravilhamento das coisas que não sei e que poderia saber, e esse sentimento permeia nossa série.
Pergunta – Falando de Star Trek, qual é sua opinião sobre Quentin Tarantino fazendo um filme de Star Trek? O cinema dele é mais violento, não?
Shatner – Sim, ele é um diretor maravilhosamente imaginativo que faz ação muito bem. Então eu presumo que ele fará um Star Trek com muitas corridas e pulos, e ambos eu faço muito bem.
Pergunta – Com todas as realizações em sua carreira, o que o motiva a continuar trabalhando nesta indústria e nesta série?
Shatner – Estou no auge dos meus poderes como ator agora. Eu continuo a descobrir novas coisas sobre mim mesmo e as técnicas envolvidas. O produtor desta série é Kevin Burns e ele é uma figura maravilhosa, bem conhecido na indústria, ele tem vários sucessos e é uma delícia estar com ele e esperamos que sua mágica vá agir com The UnXplained. Já ficamos bem populares na largada e nossa expectativa é que continuaremos a ser. Então é tanto as pessoas com quem estou trabalhando quanto o material com que estou trabalhando, falando agora de The UnXplained. Ser um ator e estar em frente da câmera é tão natural para mim quanto andar.
Pergunta – É sabido que você gosta de música e gosta de gravar coisas. Algum plano para um álbum solo?
Shatner – Agora estou trabalhando num álbum de blues, já gravamos seis canções. Quando eu voltar para casa, na semana que vem, gravarei mais duas. Estamos procurando 12. E então vamos trazer vários solistas para fazerem suas faixas, e eu adoro música, adoro blues, e adoro a descoberta do blues também.
Pergunta – Qual episódio ou caso de The UnXplained o surpreendeu mais?
Shatner – Nós fizemos oito, e cada um deles contém histórias que são totalmente misteriosas e mágicas. Por exemplo, há um parque perto de Tóquio, Japão, onde as pessoas vão para contemplar sua morte e muitas cometeram suicídio lá. Por quê? Há um grupo de estudantes russos que foram misteriosamente destruídos porque viram algo ou fizeram algo, não há explicação para o mistério de suas mortes. Há lugares neste mundo onde coisas malignas acontecem e não sabemos por quê. E aí há um episódio inteiro da coisa mais misteriosa do mundo, que é nosso cérebro, e as coisas estranhas que pessoas fazem que não têm explicação, não há meio de saber por que ou como esses eventos aconteceram a elas. Como o pianista que mencionei que, ao sair de um coma, esse senhor podia tocar como um concertista sem nunca ter estado perto de um piano antes. Então, os mistérios do cérebro, dos lugares estranhos do mundo e das ocorrências estranhas que existem ao nosso redor são parte do que me intriga.
Pergunta – Como foi sua experiência fazendo a série em geral? Aprendeu algo que não soubesse?
Shatner – Tudo. Cada episódio dos programas que fizemos e dos que vamos fazer está cheio de coisas das quais eu não tinha ideia. E as pessoas não terão ideia. Há cavernas no subsolo que são quase impossíveis de entrar com equipamento moderno, que, até onde sabemos, seriam inacessíveis para pessoas com tecnologias mais primitivas. E nessas cavernas há muitas coisas que têm 50 mil anos de idade e não sabemos como as pessoas entraram lá, seria completa escuridão a não ser que acendessem uma tocha, e elas foram capazes de desenhar pinturas com perspectiva dos animais que se parecem com os animais que havia na época, e não sabemos como elas fizeram. E isso vale para algumas cavernas mais conhecidas na França, mas há outras que estão no subsolo e que não temos ideia de como elas entraram e como pintaram. Então o mundo, o mundo físico e o mundo metafísico, está cheio de mistérios que nós honramos e dramatizamos.
Pergunta – Você acha que as pessoas hoje acreditam mais em fatos científicos ou em mitos?
Shatner – Bem, há os dois. A ciência está mudando constantemente, conforme os cientistas descobrem novos fatos, novos princípios, e isso muda tudo. Quer dizer, algo simples como proteínas e carboidratos, tivemos uma reversão completa nos últimos anos entre carboidratos e proteínas. Mas a ciência está constantemente em busca de respostas e, ao descobrir as respostas conforme avança, ela muda a percepção que havia lá antes. Então as coisas estão em constante fluxo, constante mudança. A única coisa que é constante em nossas vidas é a mudança. Então essa ciência em mutação revela mistérios que não conhecíamos antes. Por exemplo, na física quântica, após examinar algo em física quântica, você traz algo à vida, e quando termina de observar, ela vai embora, deixa a existência, algo que escritores de ficção científica só poderiam imaginar, descobrimos que é verdade. E este é o caso em todas as disciplinas científicas. E o que é intrigante e que continuará a ser, há uma constante viagem de descoberta na ciência, porque tem sempre algo novo, e isso revela mistérios novos e mais profundos que The UnXplained vai explorar.
Pergunta – Você tem status de ícone cultural. Isso faz com que você pense em ter uma responsabilidade maior com o público de participar de programas que tenham alta qualidade?
Shatner – Eu tenho uma responsabilidade de fazer trabalho de qualidade por que eu sou um ícone cultural? (Risos). Bem, minha responsabilidade pelo meu bom trabalho é comigo mesmo. Eu constantemente tento fazer melhor. E algumas vezes eu consigo, outras não, mas não é por falta de me importar. E, por exemplo, com esta série, The UnXplained, estou constantemente tentando achar questões ou mistérios que eu possa sugerir ao pessoal criativo, algo que me intrigue. Eu não tenho hesitação alguma em procurar a companhia e dizer “aqui está um mistério interessante, o que vocês acham?”. Então, eu tenho estado lá, sugerido exemplos para a série, o tempo todo. Agora, com a parte de atuar para a série, estou sempre me desafiando sobre o que faço e como faço.
Pergunta – Por que você acha que as pessoas ficam tão intrigadas com programas sobre mistérios?
Shatner – Bem, é porque é provocante. Sabe, todo o mundo mexicano antigo, os incas e os astecas, e as civilizações mesoamericanas, elas estão envoltas em mistérios. Nós sabemos alguns dos fatos da história escrita e de observações no solo, mas não sabemos muito. A história inteira das civilizações que vieram de lá estão envoltas em mistério. Há cidades exóticas ocultas na floresta de que só tivemos vislumbres. Não sabemos a magia que eles praticavam. Eles sacrificavam humanos e animais em nome de deuses que eles adoravam, e isso trazia sustento a eles. Aquela área toda está envolta em mistério. E de vez em quando temos um vislumbre daquilo. Vamos dramatizar isso na nossa série quando explorarmos exemplos de questões inexplicadas.
Pergunta – E quanto a casos de pessoas que dizem poder vislumbrar o futuro?
Shatner – Há vários casos sobre magia, sobre videntes, pessoas que acreditam que podem ver o futuro. E dessas vidências já há exemplos suficientes de gente que sentiu e falou do futuro. Eu recentemente li um livro sobre curandeiros indígenas que as tribos achavam que tinham grandes poderes. E há um exemplo desse curandeiro que predisse o dia seguinte desta tribo, que estava fugindo para a fronteira canadense para escapar dos soldados. E ele descreveu o que ia acontecer no dia seguinte, e aconteceu exatamente daquele jeito. E, como foi escrito, sabemos que aquilo existiu. Há tantos exemplos de pessoas que tiveram visões do futuro que acabaram acontecendo que não pode ser coincidência. O que traz à mente o que é o tempo. E estamos observando um fluxo de tempo em que o futuro é o passado, o futuro é o passado, e o presente é alguma outra coisa… Essas são questões misteriosas cuja resposta não podemos saber, mas podemos dramatizar e mostrar quão estranha e interessante nossa existência é no mistério da vida.
Pergunta – Qual é o método para escolher os assuntos dos episódios?
Shatner – Nós pesquisamos essas questões e achamos o mistério mais interessante, que tem mais magia nele. Há questões que têm mais drama e empolgação nelas que outras, e tendemos a escolhê-las, embora qualquer assunto misterioso que exija muita reflexão é assunto para nós, é material que usaremos.
Pergunta – Sempre houve problemas entre a ciência e as coisas que não podemos explicar. Quero saber se você é mais um homem de ciência ou se você pertence ao outro lado.
Shatner – Bem, eu não acho que sejam separadas. Acho que ciência e mistério estão combinados. A ciência se trata de seres humanos se esforçando para encontrar uma verdade, como algo funciona, qual é a metologia, quais os princípios envolvidos. E, ao mesmo tempo, olhando para os profundos exemplos de engenharia que entraram na construção do universo, isso levanta a questão: quem fez essas regras? Parece que pensamos que há cinco princípios da ciência hoje que explicam o universo. Mas quem os fez? Essa é parte do mistério. E se torna uma coisa religiosa. Você acredita em um Deus? Ou você acredita no mistério de como as coisas foram criadas? Não acho que algum ser humano sensato possa dizer “eu não acredito em nada”. Porque eles têm de acreditar que não acreditam neste Deus específico, mas acreditam no mistério da natureza, e na grandeza da natureza e na majestade da natureza, o que apenas leva a mais questões de como chegamos lá. É a combinação substancial do mistério e dos fatos da vida.
Pergunta – Como você se vê hoje na indústria? Você considera se considera um ator, um diretor?
Shatner – Eu recebi a dádiva da celebridade como resultado do trabalho que fiz. Mas acho mais útil quando posso usar essa celebridade para fazer algum bem. Por exemplo, acabei de voltar da África do Sul, onde estava trabalhando, e eu vi muitos dos animais que existem na África do Sul, e todos os animais estão ameaçados, mas alguns estão à beira da extinção. E eu quero publicizar que só há uns poucos milhares de rinocerontes, e eles estão desaparecendo. Há muitos exemplos de muitos animais, muitas criaturas vivas em nossos continentes e nos nossos oceanos, que estão desaparecendo, à beira da extinção. E me enche de grande tristeza, quando, alguém como eu, que admira a complexidade da natureza, vê essas coisas naturais bonitas desaparecendo de nossa existência. Pouco antes de começarmos a falar, meus amigos que estão aqui fazendo esta série estavam falando sobre os humoristas de stand-up que já existiram e não existem mais. Eles foram extintos. Esses animais estão sendo extintos também. E eles vão desaparecer e nunca serão vistos de novo. E isso me enche com grande tristeza e estou fazendo tudo que posso para trazer à atenção das pessoas que ouvem minha voz quão triste nossa existência é, nessa era da mudança climática.
Pergunta – Como é ser tão lembrado como um dos mais famosos personagens da ficção científica, o capitão Kirk?
Shatner – É bom. O capitão Kirk me deu a celebridade que me permitiu falar com você hoje, e sou muito grato por isso. Mas, sabe, o mistério, por exemplo, no Chile, dos seus templos de montanhas, de o que estavam fazendo, e como puderam esculpir todas aquelas rochas e levar para cima das montanhas, e os misteriosos alinhamentos que essas rochas têm, esses são os grandes mistérios, são as coisas de que eu gostaria de falar com você. O Chile está cheio de misteriosos e inexplicados eventos e prédios e pessoas. E conhecemos alguns deles, mas não conhecemos todos eles, e essa descoberta é no que este programa e eu estamos focados.
Pergunta – Você conhece algum mistério do Chile?
Shatner – Só o que li. Não estive aí. Então, cada um de vocês me ouvindo, estão vivendo numa terra que está cheia de mistérios. Não sabemos o quanto para trás nossa história vai. Não sabemos quantas vezes as pessoas fizeram a caminhada pela ponte de terra para povoar as Américas. Nem sabemos os animais que viviam na América antiga. Não sabemos nem quem descobriu a América. Há evidências da habitação humana que recuam milhares de anos, e quero me referir a várias culturas que “descobriram” a América muitas vezes, e estamos no processo, os cientistas estão, de descobrir os mistérios que parecem não ter resposta. Esses são os assuntos que vamos abordar na série e essas são as questões sobre as quais eu gostaria de falar para ver o quanto vocês conhecem seus próprios países e os mistérios que abundam aí.
Pergunta – Quando começou seu interesse em ficção científica, história e mito?
Shatner – Bem, o momento dramático para mim foi um rapaz da cidade indo para o campo, quando eu tinha 12, 15 anos, me recostando, olhando para o céu e vendo as estrelas pela primeira vez em toda a sua complexidade – porque não havia luz escondendo as estrelas e os planetas. E ver o céu em sua glória completa, eu caí para trás, e aquele mistério, o mistério do espaço, ficou comigo. Mas não é só o mistério do espaço agora, é o mistério do que vemos e falamos “não sei como isso era possível”. Como é possível que na Segunda Guerra houvesse mentalizadores que tentavam ver as máquinas militares alemãs, nós pedíamos às pessoas para mentalmente voar para lá e havia algumas descobertas muito estranhas e interessantes por “voo astral”, acho que é como eles chamam. Experiências de quase morte, em que pessoas veem a si mesmas e ouvem e veem coisas que não poderiam ver e ouvir sob anestesia… vocês todos conhecem essas histórias. São coisas que ouvimos tanto que perdemos o senso de deslumbramento do mistério disso. Todas essas coisas têm apelo comigo e sei que farão parte do nossa série maravilhosa, The UnXplained.
Pergunta – Por que você decidiu ser produtor executivo da série, além de apresentador?
Shatner – Como você pode ouvir das respostas, o assunto me intriga. Então, o sr. Kevin Burns, o criador, o produtor dessa série, me pediu para ser parte dela, eu decidi que eu queria entrar com tudo, participar no lado criativo da série, porque preenche muito minha curiosidade. Em vez de estar do lado de fora, olhando para dentro e fazendo o trabalho ocasional de apresentador, eu decidi que queria ser parte da série, e ele foi gentil de me deixar entrar.
Pergunta – Como foi sua experiência trabalhando com o History Channel?
Shatner – A experiência toda é inexplicável, é inexplicada, é muito misteriosa. O sr. Burns é um homem muito misterioso. Ele anda pelos corredores, vestido de preto, e mantém as luzes apagadas para aparecer de repente na nossa frente, de forma muito misteriosa, ele adora manter aquele mistério. Não, Kevin Burns é um gênio, ele tem duas séries em andamento hoje, The Curse of Oak Island e Alienígenas do Passado, ambos bem longevos, e The UnXplained vai ser parte de seu conjunto de séries. Ele tem uma grande equipe com quem trabalha e é um ótimo cara. Ele gosta das mesmas comidas que eu.
Pergunta – Kevin Burns tem uma longa história com o History Channel. Como vocês estão trabalhando juntos? Porque a gente vê que você não para nunca, você está sempre envolvido em tantos projetos. Como esses dois se reuniram para este projeto singular?
Shatner – Quem começou foi Kevin Burns, ele me ligou e me pediu para ser parte da série. Nós nos encontramos e, preciso contar, para meu embaraço, nos apaixonamos. Nós nos demos muito bem, apreciamos muito um ao outro, pelo menos até este ponto. Se a série não for um sucesso, não sei qual será a atitude dele comigo.
Pergunta – O que a América Latina pode esperar de The UnXplained?
Shatner – Se você está interessado nos mistérios que existem ao nosso redor, se você se interessa por uma potencial explicação de algumas coisas que o intrigam, se você se interessa pelo drama do mistério, se você se interessa por bom entretenimento, se você está interessado em algumas risadas, tudo isso o motivaria a ver The UnXplained. E sentimos que é globalmente. Não é só o mistério da existência dos EUA, mas do Chile, Paraguai, México, da Venezuela e em todas as Américas, e no mundo. Estamos interessados nos mistérios do mundo. Somos uma série universal, mas não somos parte da Universal.
Pergunta – Sabemos que você é muito ativo nas redes sociais. Como você combina isso com suas outras atividades?
Shatner – Bem, eu tento manter contato com todas as pessoas que estão interessadas, mantê-las interessadas no que estou fazendo e pensando, ou me divertir com pessoas, por uma variedade de razões. Eu cuido de várias iniciativas beneficentes. Eu gostaria de pensar que as pessoas vão ver meu site, williamshatner.com, ver o que estou fazendo e talvez se sentir dispostas a contribuir com algumas das causas em que estou interessado. E por essa razão é que mantenho esse motor das redes sociais, porque quero alcançar o maior número de pessoas possível e dizer a elas o que estou pensando, o que pode beneficiá-las e às pessoas ao redor delas.
Pergunta – Obrigado pelo seu tempo, sr. William Shatner. Estamos morrendo para ver os episódios…
Shatner – Não morram! Queremos que vocês vejam.