“Star Trek: Discovery – Succession” é uma série em quadrinhos de quatro edições. Publicada pela IDW Publishing, essa coleção se baseia na série Star Trek Discovery abrangendo o universo espelho da primeira temporada. Trek Brasilis traz um resumo dessa coleção que conta a história deste mundo paralelo depois que a USS Discovery retornou ao universo Prime.
Escrito por Kirsten Beyer e Mike Johnson, com arte de Angel Hernandez e cores de Mark Roberts.
O que teria acontecido ao Império Terrano e aos rebeldes após os eventos de “What’s Past Is Prologue”?
Bem, traição e duplicidade ainda são elementos comuns a esse universo.
Succession começa com a uma lembrança de Gabriel Lorca e Michael Burnham, ambos do universo espelho, um ano antes da rebelião. Íntimos e com ambições implacáveis de conquista do império. Os temores de Georgiou pela traição de sua amada filha adotiva se mostraram verdadeiros.
Agora, um novo cenário nos leva aos eventos da nau capitânia imperial, Charon, destruída, a Imperatriz tida como morta e a insurreição de Lorca tendo o seu fim.
A ISS Shenzhou, sob o comando temporário de Detmer, analisa os destroços e resgata um sobrevivente, Lord Heshu, leal súdito da imperatriz.
OBS: Uma falha nesta história refere-se a Owosekun viva na ponte, já que vimos ela ser vaporizada por Lorca em “What’s Past is Prologue”.
A notícia da tragédia chega a capital do Império, San Francisco. Isso cria um vácuo de poder no Império Terráqueo, deixando rebeldes e herdeiros ao trono ansiosos por preenchê-lo.
Nesta trama temos o príncipe Alexander, primo de Georgiou, que torna-se o novo imperador.
Alexander é um xenófobo, um purista racial, com o desejo de impor seu controle sobre o Império na eliminação de todos os não-humanos da galáxia e para isso trabalha na criação de uma arma biológica para acabar com todos, desde os Klingons até os Vulcanos.
A bordo da ISS Shenzhou há uma luta de poder pela tripulação. Detmer, sob as ordens de Alexander, elimina o último resquício da imperatriz Georgiu, Lord Heshu e ganha o posto principal. Mas ela mesma torna-se vítima de outro golpe. Airiam contamina o ar da ponte, matando a todos, e tomando o comando da nave.
Em Qo’noS há um grupo de rebeldes tramando contra o imperador, que incluem Amanda Grayson e L’Rell.
Ficamos sabendo que Voq, Sarek e demais membros da resistência morreram no bombardeio da base rebelde em “The Wolf Inside”.
Michael Burnham retorna das cinzas, disposta a destituir o imperador. Ela está em Risa, que tornou-se um campo de refugiados, coordenado pelo benevolente Harry Mudd. Michael solicita ajuda do antigo vendedor de armas, lembrando de sua dívida para com ela. Mudd, então, prepara um encontro com L’Rell em Qo’noS.
Nesse meio tempo, a toxina mortal está pronta para teste e Alexander ordena que Qo’noS seja o primeiro da lista. As naves do Império estão sendo abastecidas com a arma biológica em vários pontos do quadrante, a espera da ordem final de extermínio.
A ISS Shenzhou está atracada numa base estelar, sendo abastecida pela toxina. Mas para surpresa de todos, após deixar a base, a Shenzhou vira suas armas contra ela destruindo-a.
Um ponto intrigante na história é Airiam, uma meia alienígena, não disposta a participar do plano do Império e, aparentemente simpatizante dos rebeldes. Sob a ameaça de morrer por gás venenoso na nave, a tripulação é obrigada a seguir suas ordens. A Shenzhou muda a rota para Qo’noS.
No planeta Klingon, L’Rell e Michael se encontram. Apesar das diferenças e desconfianças, um pacto de aliança com o objetivo único de matar o Imperador é traçado.
O palácio do governador de Qo’noS é atacado pelos rebeldes. Michael e L´Rell descobrem que as tropas imperiais se retiraram do planeta e que um plano de extermínio dos não humanos está em execução por Alexander.
A ISS Constellation, sob o comando de Decker, chega a órbita de Qo’noS para o ataque, mas é abatida pela Shenzhou.
Airiam transporta Michael, L´Rell, Krol, e Amanda para a Shenzhou com um plano de matar o imperador.
Chegando a Terra, um aliado inesperado trama com o grupo nas sombras, é Katrina Cornwell, braço direito de Alexander.
Como forma de entrar no palácio, o grupo é levado como prisioneiro ao imperador por Cornwell. Alexander aproveita para aprisionar Cornwell por achar uma ameaça ao trono. Amanda é executada imediatamente, considerada a traidora humana.
L´Rell e Krol se libertam das algemas e atacam os seguranças, dominando o salão imperial.
Uma mancha de sangue e traição se espalha pelo palácio – Cornwell trai Alexander, e depois é traída por Burnham. Ela achava que Burnham não tinha interesse no trono e permitiria que um conselho de assessores governasse, mas isso não vai acontecer. Burnham mata Cornwell e depois seu primo, antes de tomar seu lugar no trono.
Burnham promete a L’ell e Krol que eles governarão como co-governadores em Qo’nos e que ela quer a paz. Enquanto Alexander queria matar todos os não-humanos, Burnham quer dominá-los. Os Klingons estão obviamente céticos, mas concordam com seus termos e até mesmo participam da coroação de Burnham.
E é lá que a história tem uma reviravolta surpreendente e sangrenta. Airiam modificou a arma na Shenzhou para atingir somente os humanos e assim destruiu todos os humanos na Terra, fazendo com que eles expusessem sangue enquanto sua carne aparentemente começava a queimar.
Michael Burnham tem o seu fim, com Airiam assumindo o trono do Império.
L’rell e Krol não parecem felizes com Qo’nos ainda sendo governado pelo Império Terrano. Não é difícil imaginar uma outra revolta no horizonte.
Embora esta saga tenha reviravoltas um tanto inexplicáveis e a haja muita morte e traição, algumas das quais nem deram tempo para o leitor respirar, a trama é divertida, irreverente, recheada de personagens conhecidos e abre possibilidades para mais histórias.
Mas fica a pergunta final: O novo Imperador no final desta série é o mesmo em “Mirror, Mirror?”.