O ator Simon Pegg voltou a fazer comentários a respeito do terceiro filme de Star Trek. Durante uma mesa redonda de imprensa para o thriller policial e comédia “Kill Me Three Times”, Pegg falou sobre o que público pode esperar do novo filme de Jornada. Ele pretende trazer a franquia com este filme de volta às suas raízes da TV. Detalhes a seguir.
Durante a coletiva de imprensa, Pegg respondeu à seção de perguntas sobre sua carreira, o filme Kill Me Three Times, o primeiro trailer de Missão Impossível 5 e forneceu uma noção do que vem na sua mente quanto elaboração do roteiro para Star Trek 3. Veja os pontos mais importantes.
Nos últimos anos você está nesse lugar, que muitos atores esperam chegar, onde tem uma riqueza de oportunidades. Como você encara a forma como está tentando equilibrar essas oportunidades, dos grandes filmes de estúdio para projetos de menor escala emocionantes como “Kill Me Three Time”?
Pegg: É uma espécie de malabarismo – você está constantemente equilibrando, e às vezes você deixa cair, porque pega o timing errado. Eu, obviamente, sempre reservo tempo para o meu próprio material com Edgar [Wright] e Nick [Frost], mas, ao mesmo tempo, quando algo assim vem, eu quero a oportunidade de fazer isso. Da mesma forma, eu gosto muito de trabalhar em grandes filmes como “Missão: Impossível” e “Star Trek”. Então, é apenas um ato de malabarismo, e hoje, Edgar me chama – porque ele está aqui [em Los Angeles] desenvolvendo algo, “Você tem que vir.Temos de debater!”. Eu geralmente digo,”Eu não posso ! Eu tenho todas essas coisas a fazer!”
Mas você acaba improvisando. É a única coisa que você pode fazer. Eu quero fazer filmes como [“Kill Me Three Times”], que tem surpresas menores no fim, mas é sempre rápido e apaixonado e há muito empenho de todos. Não que isso não seja assim nos filmes maiores, mas os filmes maiores, há um tapete de acidentes maiores. Você está trabalhando com recursos maiores. E há um longo período de tempo. Mas, ao mesmo tempo, durante um filme como este, que foi muito divertido e intenso e realmente gratificante, eu não quero deixar de fazer esses filmes também.
Você está animado com a oportunidade de escrever o próximo filme “Star Trek”, e você pode falar sobre a sensibilidade que você quer trazer para ele?
Pegg: Isso saiu de conversas que eu estava tendo com J.J. (Abrams) e Bryan Burk, e eles decidiram algo como reiniciar o processo. Quando eu estava no set com Burk em “Missão: Impossível”, ele disse, “Talvez você devesse vir e escrevê-lo com Doug, Justin, ele e Lindsey Weber”. Eu, à princípio, recusei, “Não. Eu não quero – é muita pressão!”
Mas eu acho que nós só queremos levá-la a frente com o espírito do programa de TV. E é uma história sobre fronteirismo, aventura, otimismo e diversão, e é aí que nós queremos levá-la. Onde nenhum homem jamais esteve – onde ninguém jamais esteve, de forma sensata corrigida para uma geração um pouco mais esclarecida.Mas sim, esse é o estado de espírito no momento.
NOTA: O nome fronteirismo, em termos gerais nos EUA, refere-se ao espírito de resistência, robustez e independência em face da adversidade.
Fonte: ComicBookResource.
ATUALIZADO.
Em nova entrevista ao site Den Of Geek, Simon Pegg deu mais detalhes a respeito de seu trabalho como roteirista de Star Trek 3 ao lado de Doug Jung.
O 50º aniversário da franquia, seguindo-se um filme que eu acho que é justo dizer que foi divisionista (Além da Escuridão), novo diretor … assim não há pressão de fazer isso?
Pegg: É aterrorizante. Nós aprendemos muito. É interessante, na verdade, eu tive alguns problemas com Além da Escuridão também. É interessante ser capaz de levar isso a frente e estar no comando um pouco. Você está sempre aprendendo quando está trabalhando com uma série de filmes, porque você se pergunta, “o que as pessoas gostaram? O que as pessoas não gostaram? O que nós gostamos?” E isso é uma maneira louca de trabalhar porque estaremos filmando no verão faça chuva ou sol. Então Doug Jung e eu estamos discutindo a história e, entretanto, as pessoas continuam vindo e indo com perguntas, “Então podemos construir isso? Será que podemos projetar agora? Será que podemos fazer essa fantasia? O que você veste? Quantas pessoas? Quantos planetas?”. Você fica meio que, “Eu não sei. Deixe-nos tentar e pensar na porra da história”. Mas é assim que o processo está funcionando. “A necessidade é a mãe da invenção” é o nosso mantra no momento e ele está trazendo o melhor de nós. Nós temos que ir para cima com as mercadorias. É bom porque não há espaço para ser mais ou menos ou algo do tipo, “Sim, nós vamos dar uma pausa hoje, e vamos resolver isso na próxima semana”. Tem que acontecer e temos que escrevê-la e ela não pode ser ruim. Tem que ser boa e tem que atender a certos critérios que nós estabelecemos para nós mesmos. Portanto, é um processo interessante.
Você está começando com sua própria ideia fresca? Você não está trabalhando com o script anterior?
Pegg: Não. É completamente novo. Eu não li roteiro do Bob (Orci) e eles não querem que a gente tenha conhecimento. Por isso, voltei para a prancheta. Tivemos reuniões criativas com Justin e havia coisas que ele queria ali. Nunca escrevi algo como isto antes. Eu nunca fui um guardião de algo, normalmente é o meu projeto que estou escrevendo. Considerando que, com isso, é dado a você um monte de coisas do tipo – “Olha, nós queremos isto e isso”. Ou Justin vai dizer – ele tem uma mente visual surpreendente. Ele é ótimo para esse tipo de coreografia. Então, ele vai dizer: “E se isso acontecer?” Então, Doug e eu respondemos, “Ok, bem, vamos tentar conseguir isso para ele”. Portanto, é um processo interessante.
Existem coisas da série original que você deseja talvez que sejam trazidas de volta para o filme de alguma forma, dizendo: “Vamos ficar com um Gorn lá dentro”, ou algo assim?
Pegg: Sim. É mais sobre o espírito. É muito fácil nos dias de hoje, no tipo de era pós-moderna, se atolar em auto referencialidade ou pensando do tipo: “Oh, vamos colocar Harry Mudd”. De certa forma, eu sentia como se alguma coisa – e eu na verdade, me sinto muito orgulhoso de Além da Escuridão – mas eu sentia que a coisa (do filme anterior), para mim, foi uma tentativa de chocar, meio que querer abraçar isso um pouco demais, em vez de decolar e fazer o que Jornada fez, que é ir para fora para as profundezas da galáxia. Era sobre como fazer referência não só a um filme anterior, mas também uma espécie de se pendurar nas costas da Terra um pouco. Então, para mim agora é sobre o espírito de aventura e exploração, e também, em termos modernos, assim como teria que ser para as pessoas, estar afastado por essa quantidade de tempo e esse tipo de coisa. Estamos tentando evoluir a história, ao mesmo tempo não deixar que se vá.
Eu tenho um monte de pensamentos sobre estas idéias, mas não temos tempo suficiente.
Pegg: Sim, eu sei. Como fazem todos os fãs. É uma daquelas coisas, é uma franquia amada e estamos muito conscientes disso. E também é divertido. Nos dias de hoje as pessoas meio que pensam, “Oh, as coisas tem que ser sérias”. Você começa a ver um monte de reflexão e se você já viu esse personagem ser todo sombrio? Jornada foi uma série muito, muito otimista – era tudo sobre o movimento de ir a frente e da condição humana. Eu sinto que isso é o que ela precisa ser.
Temos de finalizar, mas você poderia dizer uma palavra ou duas sobre Leonard Nimoy?
Pegg: Que homem. Que adorável, adorável homem. Foi difícil para todos nós.Havia uma linda troca de e-mail entre o novo elenco sobre Leonard, porque todos nós o amávamos, e, particularmente, Zack (Quinto), que era muito próximo a ele. Foi extraordinário. Lembro-me apenas de aprender não subestimá-lo de qualquer forma, porque ele estava com 80 e poucos anos quando fizemos o primeiro Star Trek e sempre meio que – se você fosse de alguma forma um pouco reverente em torno dele ele iria imediatamente dizer o contrário. Ele tinha um senso de humor muito seco. Mas ele tinha um coração muito bom. Ele era uma pessoa genuinamente amada e especial. É uma pena e eu acho que realmente ele estava completamente lá também. Não era como ele se tornou um velho senil. Acho que foi apenas a fisicalidade da vida que o levou no final. Ele ainda era uma armadilha de aço mentalmente. Portanto, é uma pena e ele não será esquecido.