Neste fim de semana foi realizada a New York Comic Con, tendo a turma de A Nova Geração reunida como parte das festividades. O site TrekMovie publicou alguns destaques do evento, incluindo a opinião do grupo sobre querer ou não ter participação especial para o filme Star Trek de 2016 e uma discussão sobre Jornada pré e pós-morte do criador Gene Roddenberry. Conheça os detalhes a seguir.
LeVar Burton, Denise Crosby, Michael Dorn, Gates McFadden, Marina Sirtis, Brent Spiner, Patrick Stewart, junto com John de Lancie (ausentes Wil Wheaton e Jonathan Frakes), participaram de um evento reunindo membros do elenco de A Nova Geração no Hammerstein Ballroom. William Shatner ficou como intermediador diante de uma platéia de frequentadores do New York Comic Con.
Das perguntas vindas da platéia, a mais interessante foi quando indagaram aos atores se eles estavam interessados em fazer uma participação especial no próximo filme Star Trek, especificamente, desempenhando um papel diferente do seu personagem original. Vários membros do elenco expressaram ceticismo em relação à ideia, com exceção de Marina Sirtis e num grau mais bem-humorado, Brent Spiner e Denise Crosby. Aqui está um resumo de suas reações:
Levar Burton: “interpretando um personagem que não fosse Geordi LaForge? … Isso seria um não”.
Brent Spiner ( brincou): “Eu certamente seria honrado de estar no terceiro filme Star Trek, fazendo todos os personagens e todas as suas famílias.
Gates McFadden: “Eu vou ter que passar adiante sobre isso.”
Patrick Stewart: “Eu acho que soaria como um tipo de aquisição ‘simpática’ ter qualquer um de nós no filme Star Trek … Eu só acho que seria um pouco estranho … Para mim, Levar disse em uma palavra, não“.
Michael Dorn: “Não … Eu concordo com Patrick. Em um certo momento isso chega a ser um pouco demais”.
Marina Sirtis: “Sim! E eu seria a enfermeira Chapel”.
John DeLancie: “Seria colocar uma mentira para a noção de que eu sou imortal, eu tenho receio. É alguém mais para uma festa de jantar e se eles vão me convidar, eu vou pensar sobre isso depois, mas eu não nunca pensei sobre isso”.
Denise Crosby: “Eu provavelmente queria fazer a amante de Karl Urban – Me desculpe, mãe, eu sinto muito!”.
Outra pergunta foi se concordavam que a série tinha se afastado da visão esperançosa de Gene Roddenberry sobre o futuro da humanidade, após a sua morte em 1991.
Inicialmente, nenhum dos membros do elenco parecia ansioso para expressar um comentário. Em seguida, Stewart falou.
“Isso é estranho. Você está certo, as coisas mudaram e eles alteraram após Gene Roddenberry ter morrido, porque Gene foi muito específico sobre certas coisas que ele não queria que fossem temas da série. Por exemplo, a política. Eu absolutamente entendo porque deveria ser assim. Estávamos num série de ficção científica. Rick Berman, que assumiu o cargo de Gene como produtor executivo, estava mais interessado nestas coisas, como todos nós estávamos. E por isso nos permitiu lidar com questões atuais, problemas da sociedade de modo que nos interessavam e que poderíamos colocar o nosso próprio eu por trás de uma maneira forte.
Com todo o respeito ao Gene, que todos nós amamos e adoramos – não estaríamos aqui sem ele. Mas acho que a série se tornou, talvez, mais interessante”.
O sentimento do grupo era de que as histórias haviam melhorado através da orientação de Rick Berman para explorar as dinâmicas interpessoais entre a tripulação. Durante essa discussão, Marina Sirtis lembrou que Gene Roddenberry “odiava” o conceito da próxima série Deep Space Nine e expressou abertamente sua oposição antes de sua morte, assim, a declaração de Sirtis entrou em conflito com o que os produtores da série disseram sobre Roddenberry ter dado lhes a sua bênção.
Em resposta a uma pergunta sobre a nacionalidade de Picard, Sirtis lembrou que os produtores queriam que ela encontrasse um sotaque adequado às suas origens “betazóides”. “Desculpe-me”, disse ela aos produtores, “por que diabos eu estou fazendo um sotaque? [Picard] é suposto ser francês”.
Stewart revelou que havia alguma indecisão sobre o passado de seu personagem.
“Em algum lugar nos cofres da Paramount deve haver um pedaço de filme ou vídeo, onde eu apareço na leitura de uma cena com um sotaque francês. Eles não tinham certeza se ele deveria ser francês ou americano ou inglês”
Ele então começou a dar um gostinho do que leu na série, que soou um pouco como o Inspetor Clouseau, com um sotaque francês”