Numa entrevista através do nerdist podcast, o produtor e diretor J.J. Abrams falou da razão em assumir o “projeto Star Trek”, dando suas opiniões sobre como a franquia mudou durante o processo. Ele também opinou a respeito da questão linha do tempo alternativa usada numa reimaginação de Jornada e o que isso significa para o original. Veja alguns trechos a seguir. FELIZ NATAL.
J.J. Abrams foi o convidado para uma entrevista via podcast da Nerdist. Abrams e o apresentador Chris Hardwick entraram numa série de tópicos sobre Lost, o amor de Abrams por The Twilight Zone e suas séries atuais, como Fringe e Alcatraz que ainda não estreou. Quando o assunto foi Jornada, não se comentou sobre a sequência (afinal ele não iria revelar nada), mas falaram sobre suas experiências com o primeiro filme.
Eu nunca fui realmente um fã (da série). Eu realmente nunca entendia. A maioria dos meus amigos que gostavam eram fãs, sem dúvida, mais inteligentes do que eu. Eu não poderia segui-los. Senti-me angustiado. É irônico, porque muito dos aspectos e técnicas eram de alguns dos escritores de Twilight Zone. Quando você assiste há o mesmo tipo de vibração melodramática. Creio que alguém que amava Twilight Zone, tanto quanto eu, iria encontrar um parentesco com Jornada, mas eu não conseguia fazê-lo. Eu gostei dos filmes e dos primeiros filmes, mas eu nunca realmente procurei olhar com mais interesse por eles. Então, quando eu estava fazendo Missão Impossível: III … me perguntaram se eu estava interessado em produzir um filme de Jornada. Quando eu disse que sim – eu nunca tinha pensado nisso – o que me ocorreu foi que havia uma versão dela que queriam saber se eu puderia ficar interessado. Eu não posso te dizer qual era, mas eu sabia que se Jornada tivesse de ser feita de uma determinada maneira – teria de ser com uma abordagem que me deixasse aprofundar mais. Me foi dada a oportunidade para tentar fazer o que eu queria desde criança, tentar chegar a ela, de uma maneira emocional. Não foi sobre a Enterprise ou a Frota Estelar ou a Primeira Diretriz ou qualquer dessas coisas, mas foi completamente emocional. Se isso existisse, eu teria provavelmente encontrado um caminho para conhecer melhor a franquia. Talvez eu tivesse visto os episódios errados, talvez eu não estivesse com o estado de espírito certo quando criança. Eu já os assisti e realmente vim a apreciar a série.
… Sobre porque dirigiu Star Trek.
A razão de querer dirigir Star Trek, foi porque eu pensei: – “quando no mundo eu vou ter a chance de fazer um filme espacial? … isso é legal”. E eu amei o roteiro que Alex [Kurtzman] e Bob [Orci] escreveram. Eu pensei comigo mesmo: – “não há outra versão deste filme que seja mais surpreendente, íntima e emocional, sobre estes dois homens que estão deslocados e de alguma maneira órfãos e que se encontram como uma família”. E eu achei que seria uma história legal. Aconteceu de ser chamado de “Star Trek” e aconteceu de ser com Kirk e Spock, mas foi legal. A experiência toda foi meio bizarra – trabalhar em algo que eu nunca pensei que estaria trabalhando em um milhão de anos e fazendo isso com pessoas que eu adoraria trabalhar em qualquer projeto. Ficando a coisas que, como um cineasta garoto cliché gostaria de fazer – naves espaciais e planetas explodindo. Coisas que você só poderia sonhar em fazer. Tornou-se um projeto dos sonhos.
Abrams falou de sua conexão com o diretor Nicolas Meyer.
A coisa mais estranha foi que quando era criança meus pais conheciam Nick Meyer, que dirigiu um dos melhores filmes de Jornada – A Ira de Khan. E durante a celebração do bar mitzvah, Nick Meyer veio em casa e eu me lembro que ele veio para o jantar. Eu costumava fazer programas de rádio quando criança e Nick veio ao meu quarto e fez um programa comigo e ele era o cara mais doce e ainda tenho guardado o livro de Sherlock Holmes que ele me deu. Anos mais tarde, ele dirigiu um filme de Jornada e assim como eu. É estranho ver esse filme e ter esse tipo de sentimento “oh deus, esse era o cara”. A minha ligação com Jornada sempre foi através da apreciação dos meus amigos ou conhecer alguém que tinha estado envolvido nela, mas nunca pensando em estar envolvido nela.
Abrams fala sobre a linha do tempo alternativa.
A noção de que quando o personagem chegou – Nero , basicamente, a linha temporal é alterada naquele momento. Então, tudo para a frente é essencialmente uma linha de tempo alternativa. Isso não quer dizer que tudo o que aconteceu na série original não existiu. Eu acho que como um fã dos filmes e séries, se alguém me dissesse que uma coisa querida para mim acabou, eu ficaria chateado. Mas nós não fizemos isso. Não estamos dizendo que o que aconteceu na série original não era bom, verdadeiro, válido, justo e real. Nós não estamos rejeitando isso. Isso para mim teria sido um grande erro. Estamos simplesmente dizendo que a partir deste momento na cena de abertura do filme, tudo que as pessoas sabiam de Jornada se divide em uma outra linha de tempo.
Fonte: Trek Movie
Renovando os votos de nosso colega e editor Frank Hollander e em nome de todos do Trek Brasilis desejamos aos companheiros foristas e frequentadores assíduos ou não de nosso site um Natal e Ano Novo de muito Amor, Paz e muita Felicidade e que o próximo ano seja repleto de boas novidades e de agradáveis discussões quanto ao novo filme. Continue ligado no TB!