Muito tem se discutido a respeito do futuro da ficção científica no cinema e na TV. O jornal LA Times publicou um artigo sobre o estado atual da sci fi, com foco em três famosas franquias: Jornada nas Estrelas, Guerra Nas Estrelas e recentemente Battlestar Galactica. Apresentamos aqui os pontos mais importantes dos comentários de Ron Moore, Roberto Orci, J. J. Abrams e William Shatner sobre o futuro de Jornada e da scifi.
Com o título “Hollywood faz remake dos clássicos de scifi”, o LA Times discute as tentativas da indústria do entretenimento em reviver velhas franquias, ao invés de criar algo de novo como sempre foi com a ficção científica, “Jornada nas Estrelas, por exemplo”, cita o artigo, “Está no caminho de volta aos cinemas, no próximo verão, na espera de que as pessoas que irão ao cinema queiram ir audaciosamente onde milhões e milhões já foram antes”.
Antes de Jornada enveredar por esse caminho, outros remakes de scifi já surgiram como Planeta dos Macacos, Guerra dos Mundos, Os Invasores e o mais recente O Dia Em que a Terra Parou. Alguns mais estão em projeto de reciclagem: Robocop, O Planeta Proibido, ‘V’ A Batalha Final, etc. Se a ficção científica é algo inovador, a questão do jornal é: por que Hollywood se mantem olhando para o passado?
LA Times entrevistou algumas das celebridades conhecidas de famosas franquias para opinarem a respeito do assunto.
“A ficção científica deve ser a cerca de idéias e aquilo que significa ser humano, deveria ser sobre o novo e o desafiante”, disse William Shatner ao jornal, “Jornada esteve conectada com muitas pessoas durante bastante tempo, e Guerra nas Estrelas está no mesmo caminho. Há uma emoção para os fãs ao verem os heróis que que eles conhecem”.
O produtor de Battlestar Galactica e também de A Nova Geração, Ronald D. Moore, comparou Jornada e Galactica com repetidas peças de Shakespeare. “Da mesma forma que as interpretações de Shakespeare podem ser revisitadas de novo e de novo, em novas formas e configurações, com coisas como Jornada ou Galactica existe núcleo de mitologia o suficiente para que você possa mudar e adaptar todas as coisas ao redor para fazer algo de muito novo e valioso”, disse Moore. “As novas gerações podem fazer isso por elas mesmas. Novas interpretações vigorosas construídas sobre o passado, eles não as repetem. Havia o suficiente de ficção científica em diversas franquias, que atraiu várias gerações e influenciou criadores. Alguns desses criadores querem voltar a trabalhar com estas propriedades que eles cresceram amando”.
Uma dessas propriedades é Jornada. J. J. Abrams concorda que, “As pessoas realmente se preocupam com esses personagens, essas histórias e os detalhes”. Apesar disso, Abrams está fazendo um filme para atrair mais do que dedicados fãs. “Eu digo que não vou fazer um filme que tenta fazer todos os trekkers felizes, porque não é possível. Estou fazendo um filme para fãs de cinema. Quero que seja uma aventura, divertida, sexy, assustadora, épica, íntima e tudo mais. Sinto uma grande responsabilidade sobre estes personagens e tudo que veio antes, mas eu preciso fazer um filme que não seja paralisado por tudo isso”.
Já o escritor Roberto Orci prefere o equilíbrio, mostrar o familiar e ainda oferecer algo novo, “Estamos tentando fazer alguma coisa no meio termo, algo em que prende a tudo aquilo que torna Jornada o que é, mas também tê-la em um novo lugar”, disse Orci, “Uma coisa sobre o original era mostrar o seu otimismo inerente, e nós queríamos muito isso neste filme. Este é um futuro que você ia querer viver. E nós esperamos que esse seja um futuro que as pessoas queiram assistir”.
Fonte: TrekToday, TrekMovie, TrekWeb