O ator Simon Pegg, que está promovendo sua nova comédia How To Lose Friends and Alienate People, voltou a falar sobre o papel de Scott. Ele deixou claro que nem o filme e nem seu personagem são paródias de Jornada, mas brincou com todo o sigilo da produção, revelando que James Doohan, filho do ator original de Scott, contracenou com ele fazendo o seu assistente.
Pegg negou-se a fazer para o entrevistador do programa Friday Night With Jonathon Ross (via Sci Fi Pulse) o sotaque escocês que usou no personagem Montgomery Scott, “Eu não posso fazer isso”, disse o ator. “Porque seria processado de cara. Isso significa que a Paramount me processaria judicialmente. Ela iria grudar meu rabo onde deveria ser a minha cabeça”, brincou Pegg explicando, “Estamos amordaçados pela Paramount, carinhosamente, claro. Não podemos falar sobre o assunto. J.J. Abrams é o diretor. Ele não quer dar nenhum spoiler disso”.
Apesar do sigilo, Pegg falou um pouco sobre a forma como ele abordou o personagem Scott. “Eu sou um Scott escocês”, disse ele. “Tentei abordá-lo como James Doohan fez quando pegou o papel, o mesmo que dizer – Ok! O cara é escocês. Ele trabalha no espaço – Eu não tentei e nem fiz uma imitação de James Doohan”.
Em outra entrevista ao Canoa Jam!, Pegg diz que o fato de ter feito um personagem importante em uma franquia conhecida como Jornada, está fazendo com que ele seja mais reconhecido pelo público do que antes. “Você sente o aumento de temperatura quando anda pela rua em Londres”, disse ele. “Cabeças se viram e sussurram e isso está se tornando cada vez maior. Chega-se ao ponto onde é difícil entrar em um pub ou algo parecido, e é uma pena”.
Ele acredita que isso irá aumentar quando o filme sair em maio próximo, de modo que sente a responsabilidade em fazer a coisa certa. “Trabalhar em Jornada foi incrivelmente empolgante. Todos nós sentimos que éramos parte de algo muito especial, lidando com personagens e reverenciado um legado fantástico. E senti a responsabilidade de fazer com justiça”.
Isso significou ter a certeza de que o filme tornou-se fiel a Jornada e não virou uma paródia. “Trata-se de uma séria entrada no panteão”, disse Pegg. “Acho que houve algum tipo de pensamento em torno de que o filme poderia ser uma espécie de paródia ou algo assim, voltando aos velhos personagens. Mas eu quero dizer que Galaxy Quest já fez isso muito bem e não precisa de ser feito novamente”.
Pegg falou sobre a decisão de Gene Roddenberry em fazer de um escocês engenheiro-chefe da Enterprise. “Foi um golpe de gênio da parte do Roddenberry, porque eu sei que ficou a dúvida para Scott ser inglês ou escocês. E ter o engenheiro escocês foi puro artifício, porque muitos contemporâneos saíram da engenharia na Escócia, de um país pequeno. A televisão, o rádio, o telefone todos saíram da Escócia.
Chris Doohan, o filho de James Doohan, fez “meu assistente na nave”, disse Pegg acrescentando que durante o tempo em que esteve com Chris, eles falaram sobre seu pai. “Eu queria fazer uma coisa que James Doohan aprovasse, fazer algo em sua homenagem, mas não para imitá-lo de forma alguma”, disse o ator.
Fonte: TrekToday, Trek Movie e TrekWeb