O produtor e diretor J. J. Abrams durante promoção da série Fringe, declarou que o novo filme de Jornada nas Estrelas não é uma reciclagem de material antigo da série original, mas algo novo para o público. Ele também falou da diferença entre a ficção científica e histórias bizarras em suas produções.
A respeito do novo filme, Abrams voltou a falar sobre o objetivo de balancear uma história para os fãs devotados e o público em geral, “Eu nunca fui um tipo de fã de Jornada que tinha expectativas ou limites sobre a “versão correta” que o filme poderia ter. Mas ao mesmo tempo, uma das razões por eu me envolver com Jornada, foi ela ter fãs devotados, então senti que era importante honrá-los e honrar a série (original). Eu aprendi tanto quanto pude sobre a série e fui ajudado por Bob Orci, que é um dos roteiristas do filme e um declarado trekker. Ele sabe de todos os detalhes ocultos, sendo aquele que me mantinha correto na filmagem” disse Abrams ao site The A V Club.
Continuando o diretor a falar sobre o objetivo do filme, “Mas, essencialmente, eu não estava fazendo um filme exclusivo para os fãs dedicados, e sim para os apreciadores de filmes. O produto final, creio eu, não requer qualquer conhecimento anterior da série. Digo, quase nenhum, porque se você perguntar para as pessoas sobre quem é Kirk ou Spock, elas saberiam dizer. Eu acho que as pessoas têm alguma percepção desses dois personagens. E esse filme traz o conhecimento de um mundo que pré-existiu por décadas, mas quando você assistí-lo, não será muito o que esperava e definitivamente não será uma reciclagem de coisas que você já viu antes. É uma nova introdução de uma coisa que também está agradecida. É um interessante balanço”.
Abrams disse que procura saber o que os fãs pensam, através de seus comentários em foruns pela internet, “A internet é o grande caminho para captar o sentido do que as pessoas detestam e amam e o que elas querem mais ou menos. Isso não quer dizer que você tenha de seguir tudo o que dizem, mas se algo ressoar você não poderá negar e ignorar”.
Em outra entrevista ao site Buddy TV, Abrams falou sobre ficção científica e ciência. Embora seja conhecido por seus trabalhos no gênero ficção científica, Abrams prefere produzir mais histórias incomuns e extraordinárias. Ele fez um resumo de seus mais conhecidos projetos, “Fazer Jornada é realmente ficção científica. Já com Lost você poderia argumentar que seria ficção científica, mas não estávamos aberto sobre isso no início. Alias teve uma tendência a ficção no início. Jornada é Jornada. Eu não gosto do gênero mais do que eu gosto de histórias que são um pouco excêntricas ou bizarras. Isso significa alguma versão de ficção científica”.
Quanto a diferença da ficção com a ciência real, Abrams comentou ao SciFi Wire, “Quando Jornada foi ao ar e eles tiveram aqueles comunicadores, foi um sonho legal. Só que agora, em nossos bolsos, nós temos os nossos comunicadores. Agora lemos semana passada que a invisibilidade está próxima. Esse negócio que você acharia que em milhões de anos não seria possível, hoje está acontecendo todo o dia”, disse o produtor.
“Nós estamos vivendo em um período extremamente avançado de realização científica, quase incontrolável e que mantém impulsionando nossa versão de que a ficção científica é um lugar diferente”.
Fonte: Trek Movie e TrekToday