O site da CNN trouxe um artigo que reporta sobre as produções feitas exclusivamente por fãs de Jornada nas Estrelas. Como forma de preencherem o vazio deixado pela franquia, após o encerramento das séries na TV, os chamados fanfilms utilizaram um meio mais barato e de fácil acesso para apresentação de suas produções, a Internet, e com isso acabaram se tornando um sucesso absoluto de audiência.
O artigo do site menciona as primeiras séries amadoras: New Voyages, Starship Exeter e Hidden Frontier, que foram ambientadas na Série Original e em A Nova Geração. “Com produções caprichadas, elas conseguiram a simpatia dos internautas, que passaram a acessar cada vez seus sites oficiais”, disse o artigo que acrescenta, “No embalo dessa onda de sucesso, novas séries começam a surgir num grau de sofisticação cada vez maior”.
Nesse ponto o artigo cita o mais recente trabalho amador, Star Trek: The Continuing Mission, um fanfilm que está sendo produzido através do sistema de áudio podcast. Sebastian Prooth, coordenador da série, disse acreditar que “as pessoas ainda estão com fome de novo material” e espera que sua mais nova produção tenha dez ou mais epsódios de meia hora em 2008.
A série Star Trek: The Continuing Mission, embora siga uma linha de história semelhante às demais, apresenta uma novidade na forma de produção. O elenco não precisa se reunir num lugar próprio para filmagens. Cada um atua por meio de vários sites espalhados pelo mundo. Tyler, que é produtor e ator, grava suas cenas em seu estúdio localizado em Londres, assim como Prooth (o diretor) realiza seu trabalho direto da Califórnia, “Toda a vez que os atores gravam suas linhas de texto, Sebastian Prooth está no Skype (um link de áudio) com eles, dando a cada um as direções sobre como a produção quer que seja feito”, disse Tyler.
O artigo diz que a boa qualidade dessas séries tem atraído à atenção de muitos profissionais. “Creio que isso mostra o que pode ser feito com limitados recursos para a internet”, comentou o produtor da série Battlestar Galactica, Ron Moore, “Os impedimentos para distribuição são muito menores hoje do que no passado. Agora, as pessoas podem começar sua própria programação, que é de uma qualidade que se aproxima do que fazemos na TV. Talvez não no momento atual, mas se compararmos o fanfilm New Voyages com a série original veremos que eles são capazes de fazer o que a original fez nos anos 60”, disse o produtor.
Mas adverte o site que não é esperado que essas produções atraiam a atenção dos estúdios tão rapidamente, para que venham a fazer parte de uma programação de TV. No entanto, “A Internet é uma grande área fértil, oferecendo a oportunidade para as pessoas fazerem seu trabalho e permitir que cresçam”, disse o professor Robert Thompson da Syracuse University’s Center for Television and Popular Culture.
Os fãs, desde os anos 70, com seus fanzines mimiografados, vêm criando histórias paralelas às séries da franquia e a internet fez com isso ficasse mais fácil de ser distribuído. O produtor Sebastian Prooth acredita que os executivos dos grandes estúdios deveriam “enxergar” essas mudanças como algo que veio para ficar, “De modo que Jornada, para sobreviver, tem de mudar. Ela tem de se tornar algo a mais para que as pessoas possam se conectar com ela”, finalizou.
Fonte: TrekToday