Majel Barrett-Roddenberry (enfermeira Chapel na Série Clássica, Lwaxana Troi em A Nova Geração e DS9 e a voz do computador nas séries modernas de Jornada) comentou, em entrevista ao The Hollywood Reporter, sobre os 40 anos da franquia e do seu criador Gene Roddenberry. Veja a seguir os pontos mais importantes da entrevista da atriz.
O que vem em sua mente quando 40 anos já se passaram desde a criação de Jornada na TV?
Majel: “Bem, a primeira coisa é provavelmente o quanto nós tivemos nos esforçado para manter a audiência todos esses anos, que são fáceis de esquecer agora. Nós não estivemos perto de sermos um grande sucesso de audiência na época, mas levamos a série (original) por três anos e 79 episódios.”
O que você acha que Gene Roddenberry pensaria sobre o projeto de remasterização da Série Clássica?
Majel: “Ele não teria ficado aborrecido com isso. Gene fez o melhor que ele poderia fazer naquele tempo, mas ele também olhava para o futuro. Então creio que ele teria pensado que seria maravilhoso ver a série com um visual melhor por causa da tecnologia.”
J.J. Abrams, ao que tudo indica, será o novo produtor do próximo filme da franquia. Você já conversou com ele?
Majel: “Não, mas eu imagino que uma vez o filme receba o sinal verde do estúdio, eu ficarei sabendo mais. É bom ver que o filme de Jornada ainda é uma coisa que todos querem. A franquia continua sendo a segurança financeira da Paramount, de modo que não há perigo dela acabar tão rápido.”
O que inspirou Gene a fazer uma série no espaço?
Majel: “Foi o estúdio Desilu principalmente. Eles queriam uma série no espaço. Gene queria fazer uma série que fosse mais ficção científica. Então
ele decidiu combinar ambos e ver o que acontecia.”
Qual foi a reação da NBC na época em que Gene apresentou a sua série?
Majel: “Eles gostaram. Mas nós fomos ao ar sem interesse do público. Já havia uma outra série na TV (Perdidos no Espaço) há mais tempo. Ele pôs muito do seu sangue, suor e lágrimas nela e fez um bom trabalho. Ele agonizava em todo o detalhe.”
O que Gene levou mais em consideração para criar sua série?
Majel: “Ele sabia que tudo era em relação aos personagens. Toda a sua estratégia era evitar fazer uma série que fosse apenas um conjunto de efeitos especiais conectada a um roteiro ruim. Ele teve uma grande sacada de criar as pessoas que todos apreciam.”
Como Gene viu o renascimento de Jornada através dos filmes e da série A Nova Geração?
Majel: “Ele nunca ficou realmente satisfeito com o caminho que eles tomaram. Essa era a sua frustração pessoal, de querer que tudo fosse perfeito. Não era nada contra as pessoas que trabalhavam na franquia.”
Uma vez que Jornada explodiu como um fenômeno de entretenimento isso teve algum impacto negativo na vida pessoal dele?
Majel: “Não, de modo algum. Nós vivemos um típico relacionamento de marido e mulher. Foi uma grande coisa, em termos de sucesso, mas ela ainda era uma série de TV. Nós não ficávamos falando sobre ela todo o dia. Era apenas um negócio.”
Fonte: The Trek Movie Report