Billingsley volta a falar do quarto ano

O ator John Billingsley (Dr. Phlox), em entrevista ao site TrekToday, falou sobre seu trabalho em Enterprise. Confira aqui alguns trechos mais importantes.

Ao voltar a comentar sobre o último episódio da série, Billingsley demonstrou desapontamento com a história. “Eu fiquei aborrecido com o último episódio, mas, como é o caso freqüente, acho que provavelmente se diz mais sobre isso do que deveria”, afirmou o ator, admitindo que teria gostado mais se o final tivesse enfocado a histórias dos personagens. “Teria sido melhor se fosse sobre nossas histórias, mais do que sobre o elenco de A Nova Geração e creio que as pessoas que ficaram um pouco chateadas talvez tivessem esse ponto de vista. Eu, certamente, creio que foi um final de temporada forte e pareceu para mim, das coisas que li e ouvi por aí, que a reação das pessoas foi acima do esperado. Também acho que eles (os produtores) estavam em algum nível tentando encontrar o caminho para dizer “adeus”, ou pelo menos adeus naquele momento, para descanso da franquia, de modo que eu poderia entender se o processo de pensamento era esperar para trazer alguns dos personagens de A Nova Geração de volta”, continuou Billingsley.

Para o ator de Phlox, o estilo de narrativa em arcos, na quarta temporada, deu mais sustentação à série. “Eu acho que a idéia de ter múltiplos arcos de episódios foi a melhor maneira de fazer o bolo e comê-lo, levando a algum tipo de narrativa sustentada, que você não pode fazer com episódios soltos. Não necessariamente amarrar toda uma temporada como nós fizemos no terceiro ano, quando estávamos perseguindo os Xindis. Achei que alguns dos melhores trabalhos na quarta temporada foram, por exemplo, dois ou três episódios sobre a raça dos super-homens, com Brent Spiner (Data e Arink Soong). Achei que o arco Vulcano, onde a mãe de T’Pol morre, foi muito forte em emoção”, comentou o ator, acrescentando que, para ele, que Enterprise estava começando a se firmar como uma série forte no momento do cancelamento.

Billingsley comentou que o fim de Enterprise não foi nenhuma surpresa, mas teve um impacto maior para o pessoal da produção. “Foi um sentimento de tristeza, claro, como sempre acontece quando as pessoas dizem “adeus” após trabalharem juntas por um tempo. Nós demos “adeus” a pessoas que trabalharam para a franquia por doze anos, mas creio que nós todos já sabíamos disso, não foi realmente qualquer coisa extraordinária”, lamentou.

O fim da emissora UPN, que passou a se chamar CW network, em razão de sua união com a WB, também já era esperado por Billingsley. “Isso já estava escrito há alguns anos atrás. Qualquer um que tenha algum conhecimento da indústria de entretenimento sabia que era apenas questão de tempo. A UPN não teve um modelo de negócio em que pudesse ser sustentada. Eles perderam muito dinheiro, ano após ano, e nunca descobriram um caminho para o tipo de identidade de audiência que queriam. Isso ficou bastante incoerente, com a idéia que a UPN teve, por um lado, de fazer a série Enterprise competir com Top Model e, por outro lado, tentar pôr séries como Verônica Mars e outras que teriam apelo popular para uma diferente faixa demográfica. Acho que foi muito bom o movimento no sentido de fundir a UPN com a WB, e certamente dará a eles uma emissora forte” avaliou o ator.

Para John Billingsley, seu personagem não teve muitas oportunidades para aparecer na série, mas ele citou um episódio em particular que agradou muito. “Eu diria que ainda tenho uma grande simpatia pelo episódio “Dear Doctor”, da primeira temporada, porque foi a primeira oportunidade que eu tive de começar a aparecer com este personagem. Foi o episódio em que eu realmente tive muito a fazer e começamos a vê-lo mais do que um alien querido, que, com seu sarcasmo, sempre fazia-nos rir. Então, a idéia de que ele estava, na verdade, evoluindo mais e mais foi uma virada para mim”, finalizou.

Fonte: TrekToday