De todos os papéis já interpretados em Jornada – como Klingons, Romulanos, Borgs e outros -, o ator Vaughn Armstrong disse em entrevista ter mais carinho pelo Almirante Forest, da série Enterprise. Também considera o ator Scott Bakula (capitão Archer) um dos mais gentis de todos os líderes de qualquer série de TV em que já tenha trabalhado.
Durante bate-papo com internautas no site TrekUnited, Armstrong afirmou gostar mais de trabalhos em filmes e TV do que no teatro. “Muitos atores dizem gostar mais da resposta imediata da audiência no teatro. Eu não posso dizer o mesmo. Gosto de TV e filme porque nos levam a uma concentração total. Enquanto a câmera está rodando, não há espaço para a dispersão do pensamento”.
Armstrong falou também sobre os personagens favoritos que interpretou na franquia. “Korris foi o primeiro Klingon de testa enrugada a aparecer na TV, no episódio “Heart of Glory”, de A Nova Geração. Também achei muito divertido fazer o Borg Two of Nine em Voyager. Mas Forrest foi meu personagem favorito, em parte, porque dos onze personagens que fiz, ele foi o único humano e levava dez minutos para maquiagem”, brincou o ator. “Foi melhor do que qualquer outro em que já trabalhei em meus quase 40 anos de carreira e ficaria feliz em trabalhar com ele outra vez”.
Sobre seus episódios favoritos, Armstrong destacou “First Fligth”, também de Enterprise. “Que a propósito teve o script leiloado pelo site Ebay”, afirmou o ator. “O “In a Mirror Darkly” foi também muito divertido, mas não acho que fez justiça. Muitas pessoas achavam que o universo do espelho seria um pouco mais explorado. Alguns sugeriram uma nova série focada nele. Eu adoraria ver tudo que me inclua um pouco mais profundamente”, divertiu-se Armstrong.
Para o ator, a idéia de Enterprise foi boa, mas seu timing foi errado. “O que fizeram certo foi contratar o Scott Bakula. Muitas coisas foram feitas certas. Toda a idéia, no início, era ser uma coisa um pouco mais rude e um pouco menos avançada. Acho que eles estavam certos em tentar isso. Mas creio que erraram no tempo. Deveriam ter esperado uns dois anos após o encerramento de Voyager. Acho que o público em geral já estava sofrendo com essa corrida”, avaliou.
O ator de Forest não crê em um retorno de Enterprise, mas julga que seria interessante a produção de uma minissérie. “Ela poderia ser produzida para o cinema, mas acho que não será. A Paramount acha que Jornada precisa de um descanso. Mas acredito que uma produção exclusiva para DVD seria legal”.
Quanto ao episódio final de Enterprise, “These are the Voyages…”, Armostrong confessou não ter compreendido do que se tratava. “Eu não sei o que ocorreu. Ouvi, primeiramente, que foi uma experiência no holodeck, o que teria feito a série ficar sem valor. Depois, ouvi que foi uma lição de história, o que me pareceu melhor. Eu não vi e nem sei como foi feita. Acho que eles tentavam apenas fazer parte do final”, ironizou o ator.
Ele também teceu comentários sobre as produções de Jornada feitas pelos fãs. Armstrong afirma que consideraria um convite para trabalhar nelas, embora não saiba se legalmente tem permissão para isso. “Eu não sei se posso fazer isso legalmente. A primeira regra do Union Code (que define regras de contrato) estipula que você não pode concordar em trabalhar com um produtor que não seja um signatário do SAG (Screen Actors Guild, ou código de defesa dos direitos do artista)”, explicou. “Essa regra se aplica em todo o mundo. Eu estaria interessado se meu sindicato permitisse. Tenho recebido convites de alguns produtores para trabalhar em pequenos filmes de ficção, mas a maioria deles não posso fazer, porque meu sindicato não deixa”, finalizou o ator, que ainda não confirmou presença na convenção de Las Vegas que comemorará o 40º aniversário da franquia Jornada nas Estrelas.
Fonte: TrekToday