Após negar os rumores sobre a participação de Stewart em um novo filme de Jornada (como já foi publicado no TB), o produtor-executivo Rick Berman recordou momentos de seu trabalho em A Nova Geração, dizendo o que gostaria de ter mudado na série. Veja aqui alguns pontos mais importantes dessa entrevista.
Berman até hoje ressente o fato de muitos o considerarem apenas um executivo do estúdio. “Após ser escritor e produtor em Nova York, eu vim para Los Angeles em 1984. Passando por uma curta temporada na Warner Bros, consegui um trabalho de executivo na Paramount e, embora eu freqüentemente tenha lido (artigos) de pessoas falando que eu era engravatado e um executivo, fui de tudo: de homem do som a editor, e a escritor e produtor de filmes e documentários de televisão”, justificou.
Quando passou para o departamento de programação, Berman teve seu primeiro contato com Gene Roddenberry e a franquia de Jornada nas Estrelas. “Do ponto de vista do estúdio, Roddenberry era do tipo cabeça dura e um pouco difícil de lidar. Então, eles me pediram para ter o controle da série, pela visão deles, porque eu tinha pelo menos o status de vice-presidente (de programação) da Paramount, na época. Eu fui para o meu primeiríssimo encontro com Gene, com seu agente, Leonard Maizlish, e alguns de meus chefes do estúdio. O encontro terminou e fui convidado por Leonard, no mesmo dia, para um almoço. Durante o almoço, ele me disse que Gene, na verdade, gostara de mim e queria saber se estava interessado em deixar meu cargo, como executivo da Paramount, para produzir uma série com ele”, lembrou o produtor, que afirmou ter achado ali uma possibilidade de fazer o que realmente gostava. “Agora eu completara um ano como executivo e, na verdade, não estava gostando muito daquilo. Pensava em voltar a produzir alguma coisa”.
Ao rememorar seu começo em A Nova Geração, Berman ressaltou que a equipe de produção o ajudou muito. Fez questão de citar dois produtores, em particular, que foram seus heróis, embora não tenham recebido o crédito que mereciam. “Eu acho que, definitivamente, uma dessas pessoas foi Bob Justman, que ajudou na construção desse incrível pedaço de maquinaria que durou 18 anos. Ele foi uma espécie de único sobrevivente da Série Clássica e trabalhou conosco na primeira temporada. Ele me ensinou uma tremenda quantidade de coisas e foi maravilhoso, um homem dedicado. Peter Lauritson, de um estilo não reconhecido, trabalhou na pós-produção de todas essas séries e freqüentemente trabalhava em duas séries de uma só vez. Fez dois seriados ao mesmo tempo, pelo menos, durante sete anos, além dos filmes. Sua habilidade em operar na pós-produção, edição, todos esses efeitos visuais, a música. Foi simplesmente notável”.
A respeito do que gostaria de ter mudado em A Nova Geração, Berman foi enfático. “Eu queria que estivéssemos em uma rede de emissoras, fazendo tanto sucesso quanto estávamos no syndication e sem a grande interferência que Paramount Distribution teve conosco. Eu não acho que a série já teve a sua chance de ser reconhecida e julgada de forma merecedora. Acho que nós tivemos alguns atores notáveis que teriam todo o tipo de indicações (a prêmios) e eles nunca tiveram isso porque havia uma certa falta de interesse relativo às séries de televisão que estavam no syndication”, finalizou o produtor.
Fonte: TrekWeb