O ator de Enterprise, Connor Trinneer (Trip Tucker), esteve na Convenção DragonCon’s TrekTrak na cidade de Atlanta (EUA) onde respondeu às perguntas dos fãs sobre o seu trabalho na série. Aqui alguns pontos mais importantes.
Perguntado sobre o que achou de seu trabalho em Enterprise disse que fez tudo o que um ator gostaria de fazer, “Uma das grandes coisas sobre ficção científica é a rica imaginação. Eu, na verdade, não poderia ter acrescentado mais do que eles já fizeram por mim e realmente estou feliz com o caminho que conduziram este personagem”, considerando Trinneer que a série não tinha tão insignificante audiência que merecesse o cancelamento, mas concordou que “Séries, que custam muito dinheiro, tem de ter melhores índices de audiência. Não creio que tenha sido por causa da qualidade”.
Trinneer disse que entendeu a insatisfação dos fãs quanto ao episódio final, e reiterou o que havia sido dito pelos outros atores, “Nós todos ficamos desapontados. Nós sentimos um pouco de mágoa pelo fato de que não nos foi permitido ser os únicos em nosso fim de série”. O ator de Trip disse que ele adora Jonathan Frakes (Riker) e Marina Sirtis (Troi), e acha que mesmo eles se sentiram como “peixes fora d’água”, no final, “Nós trabalhamos muito, e então tivemos este tipo de rompimento no fim. Se eles (Riker e Troi) tivessem sido capazes fazer algum sentido para mim, eu teria me sentido bem no final”. Explicou ainda Trinner que ele entende que os roteiristas tiveram dificuldades para tentar levantar o final, mas acredita que deveria ter havido um outro modo para o elenco ter terminado a série, “Uma coisa é ter a série cancelada, e outra coisa é trazer alguém a mais para fazer o seu final”, disse sob os aplausos do público.
O ator disse que não tem nenhuma queixa sobre o destino final de seu personagem, embora ele não saiba até hoje porque foi escrito desse jeito, “A morte do personagem foi eles que assim o quiseram. Eles queriam matar alguém e aconteceu apenas de eu estar no caminho”, dizendo ainda Connor que crê que a morte de seu personagem tenha sido arbitrária, já que ele (Trip) esteve em situações muito piores que a do episódio final, mas ficou agradecido pelos roteiristas terem dado ao seu personagem uma história no último episódio.
Embora Trinneer ache que a série tenha encontrado o seu caminho na quarta temporada, sob o comando de Manny Coto, ele não é particularmente fã de episódios sobre o Universo Espelho, “Eu encontrei neles alguma dificuldade” e confessou estranhamente que o elenco detestou fazer aqueles episódios. Mas todos sentiam que os dois episódios do Universo Espelho eram uma referência a Série Original, “e quando você interpreta um personagem por 98 horas de televisão e depois é pedido para que interprete um personagem totalmente diferente, ninguém sabe como você vai fazer isso”. Durante as filmagens, Trinneer lembrou que o diretor dizia a eles: “Sejam mesquinhos!”, mas ninguém entendia exatamente o que isto significava, “Eu achei que foi legal, mas de resto, eu não entendi”.
Perguntado sobre o que achou do relacionamento do seu personagem com T’Pol disse, “Em minha situação especificamente, meu personagem estava lidando com uma pessoa que não mostrava suas emoções. Então, eu tive uma conversa com os roteiristas sobre esse relacionamento. Após um certo ponto, eu senti que eles (os roteiristas) tinham tirado esse obstáculo do Trip e feito com que ele apenas a seguisse para dizer – Quer casar comigo? – Mas senti que isso não era um tipo de situação para alguém como T’Pol que recusava mostrar as emoções e somente queria fazer sexo de sete em sete anos”, mas concordou que o seu personagem não deveria revelar o que sentia para Archer, “Numa situação militar não era adequado eu dizer ao meu comandante – Capitão, eu estou apaixonado e quero dividir isso contigo”, disse Trinner, gerando risos na platéia.
Connor disse também que se sentiu desconfortável fazendo cenas de sexo com Jolene Blalock (T’Pol), “Você faz estas cenas com uma pessoa que você desenvolveu amizade durante a série, e é geralmente desconfortável ir lá e fazer uma cena de sexo. Isso parece estúpido, mas é verdade”, afirmando que nunca teve sentimentos românticos para Jolene e nem ela para com ele, e ter trinta pessoas fazendo caras atrás da câmera, “Só indo lá para encarar a realidade. O fato das pessoas poderem fazer isso parecer sexy é a maravilha da filmagem”.
Trinner anunciou que planeja estar na próxima convenção de Atlanta, em 2006, onde terá também a presença da atriz Denise Crosby (Tasha Yar).
Fonte: TrekToday