A revista inglesa SFX Magazine traz uma nova entrevista com o ator Connor Trinneer (Trip Tucker), que fala mais uma vez sobre o cancelamento da série Enterprise. Aqui alguns pontos mais importantes a seguir.
Parece como se o cancelamento já estivesse sido planejado há um bom tempo. Quando você chegou no ponto em que pensou – ‘Oh, isto é definitivo agora’?
Trinneer: “Bem, o rumor começou em nosso terceiro ano e eu estava certo de que teríamos um quarto ano e que seria nele (o cancelamento), porque se você tivesse de ir para um quinto ano, você iria até o sétimo, razão de não ter ido para o quinto. Você sabe, você está no syndication e você quer retornar o seu dinheiro. Se não estivessem atrás disso, foi o que pensei, eles já teriam cancelado, e foi o que fizeram. Nós ficamos um pouco excitados porque nossa nova noite de sexta-feira deu nos alguns números melhores, e no (sistema) digital um corte nos custos, e houve algumas poucas coisas do nosso lado que fizeram as pessoas um pouco excitadas sobre a possibilidade de manter nossos trabalhos, mas no fim eu acho que já estava escrito no terceiro ano”.
Como foram as últimas semanas de filmagem? Houve uma atmosfera de tristeza?
Trinneer: “Um pouco. Eu quero dizer, é claro, que você gasta muito tempo com este pessoal. Mas nesta indústria muitos trabalhos acabam – está sempre em sua mente que este será o fim e que alguma coisa está para começar e toda a natureza do negócio é continuar. Mas houve definitivamente um sentimento de que tivemos um negócio inacabado. Nós tivemos a noção de que iríamos para os sete anos porque muitas (séries de Jornada) foram, e creio que muito do sentimento negativo foi que não haviam nos dado a oportunidade para isso….acho que a qualquer hora a série teria terminado e nós teríamos ficado tristes e talvez desapontados, mas do jeito que aconteceu… a série teve os mesmos índices de audiência que Voyager e Deep Space Nine, eu acho, e isso pareceu para mim que foi quase uma decisão arbitrária, porque minha impressão é de que esta franquia faz muito dinheiro. Então, eu imagino que eles já estavam cansados dela”.
Você esteve no estúdio durante o último dia de filmagem?
Trinneer: “Nós estávamos todos lá. Foi esquisito. Quando eu fiz minha última cena, Brad Yacobian, nosso chefe de produção, tranquilizou todos que estavam pra baixo e disse – Esta cena é a última cena do Connor, e ele fez – Então eles me deram algum tempo para dizer alguma coisa. E, você sabe, eu realmente não sou aquele que fica perdido com as palavras, mas eu não sabia o que dizer. Não havia nada que eu pudesse dizer naquela hora, fora o golpe que realmente era ir embora, dizer àquelas pessoas como foi meu tempo para com eles. Foi sem igual. Foi um tipo igual quando…você passa pelos momentos em sua vida, quando você deixa a escola, deixa o primeiro longo relacionamento e existe sempre este mesmo sentimento que segue cada uma destas existências…é um vazio em seu estômago que você não pode identificar”.
Quem são os seus melhores amigos que você manterá contato?
Trinneer: “Dominic Keating (Reed) e eu somos amigos. Nós vivemos próximos um do outro, passamos muito tempo juntos e desenvolvemos uma bela amizade durante o curso da série. John Billingsley (Dr. Phlox) e sua esposa Bonnie, nós vemos continuamente. E o resto do elenco, do mesmo modo eu gosto deles, mas não encontro eles freqüentemente. Seria bom vê-los…num tipo de reunião, quando aparecemos nessas convenções”.
Na última temporada, Manny Coto (produtor executivo) teve um maior trabalho como produtor. Houve uma sensível diferença ou foi um negócio normal?
Trinneer: “Creio que Manny Coto é um cara extremamente talentoso e ele foi também muito compenetrado em trazer algumas de suas idéias para a série. Acho que ele foi brilhante por esta e outras razões. E acho que nós tivemos um momentum com ele que não havíamos anteriormente tido. Você sabe, sua atenção a série era grande. E creio que isso liberou o Brannon Braga (produtor de Jornada), especificamente, de não ter a sensação de que teria que por a mão em tudo. Acho que o Brannon foi capaz de relaxar, e fazer algum outro trabalho, sem ser requerido para ser babá (do Coto)”.
Fonte: TrekWeb