Michael Okuda, que foi o supervisor de arte cênica e consultor técnico de várias séries de Jornada, incluindo Enterprise, descreveu como recriou a Enterprise-D no episódio final “These Are the Voyages…” e admitiu que ele discordou do uso do cenário do turboelevador utilizado nos filmes de Jornada ao invés do turboelevador original da série A Nova Geração, embora teria sido muito caro reproduzi-lo, já que os cenários da série A Nova Geração não foram preservados.
Okuda explicou que o corredor e a porta do holodeck foram cenários novos, construídos onde na série original havia imagem CGI (computadorizada). “A única imagem CGI do cenário da nave foi a parte da grade do holodeck”, explica Okuda. “O cenário do bar panorâmico, assim como o do turboelevador, não foi salvo quando A Nova Geração saiu do ar, e também teve que ser parcialmente construído, embora alguma mobília e lâmpadas tenham sido usados da série de Picard. Já o observatório astronômico ficou um pouco maior que o da série original”, continuou ele. “A mesa foi a original assim como as janelas de vidro, embora tenham sido levemente modificadas para o uso da Enterprise-E.”
Okuda discordou da crítica de alguns fãs que descreveram os desenhistas dos cenários como “preguiçosos” pelas imperfeições encontradas. “Nossos produtores lutaram e conseguiram muito mais do usual orçamento para muitos episódios durante esta quarta temporada. Eu não poderia dizer a vocês o número de vezes que nós voltamos ao estúdio e pedimos ‘por mais um pouco de dinheiro’ para uma outra atualização. Como sempre, nossos produtores e o estúdio estavam notavelmente correspondendo, mas há limites.”
Okuda também relembrou que a produção freqüentemente trabalhou sete dias na semana para aprontar o final. “A dedicação deles e o trabalho duro foram incríveis, especialmente considerando que eles sabiam que estariam fora do emprego em poucos dias… pois esse pessoal ama Jornada.”