Trabalhando duro em sua nova série de TV, o ex-produtor e roteirista de Jornada, Michael Piller, recentemente relembrou uma de suas primeiras criações – “Jornada nas Estrelas: Voyager”.
“Acho que Voyager foi perdendo seu foco ao longo dos anos, mas certamente teve seus bons momentos, e certamente foi uma realização de orgulho para todos os envolvidos”, Piller disse à revista Cinefantastique.
Analisando a série como um todo, Piller pôde detectar os pontos fortes, assim como as fraquezas. “Toda a idéia de exploração espacial é uma metáfora para a exploração pessoal”, ele disse. “Quando Voyager fazia isso, acho que fazia muito bem. Acho que as histórias de Seven of Nine nos deram uma visão de humanidade e o sentido de humanidade que a série tanto queria mostrar. Ela teve seus momentos. Mas, quanto às naves que explodiam, monstros espaciais e coisas do tipo, o problema é que não são diferentes daquilo que as outras séries de ficção científica fazem. Acho que isso reduz Jornada a ser nem melhor nem pior do que elas.”
O roteirista deixou o posto de produtor-executivo após a segunda temporada de Voyager, para perseguir seus próprios projetos, embora tenha permanecido como consultor criativo, dando dicas nos roteiros. “Eu sempre encorajei os roteiristas a tentar encontrar os elementos humanos, os dilemas morais e éticos”, ele revelou. “Acho que o apetite para isso diminuiu quando eu saí. Acredito que, de um certo modo, havia algumas pessoas as quais sentiram que – novamente tentando explicar a questão dos índices de audiência – isso era uma ambição muito gande para um público tão vasto. Eu discordo disso.”
A entrevista completa com Piller, na qual ele também falou sobre A Nova Geração e Deep Space Nine, está na última edição da Cinefantastique. Alguns enxertos podem ser encontrados no TrekWeb.