A avalanche de entrevistas continua. Dessa vez é Linda Park (Hoshi Sato) quem comenta sua participação em Enterprise, falando ao site Trek Galaxy. Ela explica o porquê de o fato de ser a mais nova atriz do elenco a ajuda a encontrar seu personagem, a oficial de comunicações da nave.
“Foi uma das grandes coisas que eu pedi para usar no piloto, porque havia muitos paralelos entre meu personagem, Hoshi Sato, e eu”, ela disse. “Ambas sendo as mais jovens da tripulação e do elenco –Hoshi tendo pouca experiência de vôo espacial, e eu tendo pouca experiência no set. E ela é uma acadêmica com um incrível nível de genialidade para línguas, que é a razão pela qual ela conseguiu o trabalho de comunicações na tripulação. Para mim, eu tenho uma sensação de treinamento e de que eu estive treinando minha vida toda, o que era tudo o que eu tinha quando vim aqui realmente como uma novata para o estúdio. Tanto Hoshi como eu estamos assustadas e empolgadas e nervosas –todas essas emoções que ela está sentindo, eu estou sentindo também, neste mundo paralelo.”
A atriz sugeriu que pode vir chumbo grosso pela frente entre seu personagem e a estóica Vulcana T’Pol, interpretada por Jolene Blalock. “Há duas mulheres na ponte da Enterprise, minha personagem e a Vulcana, e realmente estamos em lados opostos do espectro”, explicou. “Somos os pólos mais opostos entre toda a tripulação, o que é ótimo para eu atuar. As duas mulheres são muito fortes de seu modo próprio. Hoshi é, eu diria, a mais humana dos tripulantes porque ela não é boa em esconder suas emoções. Ela fala o que está em sua cabeça e várias vezes age e fala impulsivamente, o que é um bom afastamento da etiqueta mais formal em uma nave.”
“Essa é a primeira vez que a Frota Estelar realmente vai lá fora, e somos meio que uma tripulação de novatos, tentando encontrar nosso caminho no espaço e entre nós mesmos. Hoshi realmente tem uma paixão por línguas. Toda vez que ela se assusta com esses alienígenas e quer ir embora, mesmo que ela sinta que não é esse o lugar dela, que ela é uma tradutora e não uma super-heroína, ele é atraída novamente por seu amor por essas línguas e descobertas. Todo mundo na nave tem uma paixão por descobertas, mas a dela é por línguas diferentes, e isso é tão envolvente e sedutor para ela. Isso realmente tem grande importância no porquê de ela estar no espaço, no porquê de ela não virar as costas e ir embora.”
Mas nem tudo é trabalho pesado nos sets de Enterprise. “Muitas vezes, agimos como crianças, temos muitas piadas internas”, disse Park. “Mas em um dia, estávamos filmando essa sequência muito intensa de ação em uma tempestade de neve. Jim Conway dirigiu esse episódios. Ele estava dando insturções para todo mundo e foi bem empolgante. Ele me chamou para dizer onde era a minha marcação, mas em vez de gritar ‘Hoshi’ para essa sala enorme cheia de gente, ele gritou sobre a cena de neve, ‘E Sushi entra no quadro’. Todo mundo quase morreu de rir. Então agora todo mundo me chama de Sushi ou Sashimi. O elenco e a equipe inteiros pararam e brincaram com isso. Eu tenho esse apelido agora por causa deste incidente.”