A avalanche de entrevistas continua. John Billingsley falou à Cinescape Online sobre seu novo papel em Enterprise, como o misterioso dr. Phlox. Mas, antes de mais nada, ele já avisa que não se pode confiar muito em suas informações.
“Eu provavelmente vou dizer coisas que serão contrariadas por episódios futuros”, explica. “Eles não me deram muita história pregressa sobre de onde vem meu personagem, ou sua espécie, ou mesmo sua cultura. Eu fiz uma história eu mesmo, o que eu acho que justifica sua personalidade que eu acho que eles querem. Só Deus sabe se alguma coisa disso vai se encaixar no que eles irão decidir que é a verdade.”
Ele fala sobre o ambiente de trabalho de seu personagem, que dá uma boa dica de quem ele é. “Tem toda essa tecnologia do século 22”, diz. “Eu vou empregar os últimos rastradores e brinquedinhos e equipamentos e o que seja. Tudo isso está no lugar. É apenas que seu próprio background é um tipo de medicina intergaláctica folclórica.”
“É o que você pegaria se estivesse entre as árvores da Amazônia –um punhado se sementes, ou um bom sanguessuga. Ele não está além de usar qualquer coisa que funcione, quer seja baseada em tecnologia ou em folclore primitivo. Shaman é uma palavra que eu encaro com leveza, mas de muitos modos ele é um desses. Eu acho que ele é alguém que é tanto antropólogo quanto médico, muito respeitoso de mitos e religiões e folclore.”
Essa dualidade marca o personagem, segundo Billingsley. “Eu acho que sou um tipo de rato de geladeira e, como disse, algo como um antropólogo também”, diz o ator com uma risada. “Qualquer lugar que eu vá, eu não só coleto pequenas coisinhas e curiosidades para minha própria diversão, mas também coleto ervas e pós. A noção deveria ser de que essa enfermaria está cheia de vida. Eu não sei das cenas que fiz até agora se isso está parecendo tão forte assim, mas espero que eventualmente pareça. Mas talvez durante o arco de sete anos que terei acumulado.”
Segundo o ator, Rick Berman e Brannon Braga até agora estão satisfeitos com sua atuação. “Eles têm estado, do que me disseram, felizes com o que estão recebendo”, diz Billingsley. “Acho que estamos certamente na mesma página sobre quem esse cara é, e o que ele traz à mistura. Eu estou certo de eles me darão coisas para fazer. Você nunca pode prever. É ainda muito cedo para saber quanta latitude eu terei para introduzir coisas em meu personagem.”
Para Billingsley, o que impede seu personagem de ter história bem definida nesse momento é uma coisa só: tempo. “Eles obviamente têm tanto para fazer agora que eles não criaram uma forte e clara história de quem eu sou”, ele diz. “Minha suspeita é de que eles estão meio que inventando no caminho. Eu tem algumas fortes idéias próprias, e veremos se estaremos na mesma página conforme avançarmos.”