A próxima edição da revista “Star Trek Communicator” terá, como de costume, uma entrevista com Rick Berman, criador e produtor-executivo da próxima série de Jornada, Enterprise. Apesar de ter sido feita na primeira metade de julho, durante a filmagem do piloto “Broken Bow”, a entrevista traz muitas informações novas sobre o programa, que estréia em setembro na UPN.
O site TrekWeb conseguiu algum material da entrevista (a revista só estará disponível nos EUA em alguns dias), que contém, além de velhas descrições (como a analogia dos Chuck Yeagers do vôo espacial e a visita a um submarino nuclear pela equipe de produção), novos e interessantes dados. Confira.
Rick diz que a equipe toda está muito dedicada a se manter fiel à “história” estabelecida de Jornada nas Estrelas, mas enfatiza que licença dramática será e precisa ser tomada, citando uma vez mais o velho argumento “celulares parecem mais modernos que os comunicadores da série original”.
Berman mais uma vez diz que os Klingons aparecerão como o são desde A Nova Geração, mas “um pouco mais primitivos. Uma das falas de nosso roteiro do piloto é que estamos lidando com uma época em que ‘os Klingons ainda afiam os dentes antes de ir para uma batalha’.”
Ele também respondeu à maior das dúvidas de continuidade da história de Jornada nas Estrelas: a mudança de maquiagem Klingon. E para os que querem ver uma explicação, a esperança ainda está viva e forte. “Pensamos sobre isso. Eu não sei. Quando os Klingons de repente mudaram dramaticamente para ‘Jornada nas Estrelas – O Filme’, ninguém pediu uma explicação. Eu acho que é algo que discutimos possivelmente fazer.”
O produtor-executivo revela que a tripulação ainda não terá tricorders, apenas sensores manuais primitivos. Além disso, a série de fato não começará com bancos feiser, como já havia sido sugerido, mas Rick confirma que eles serão desenvolvidos rapidamente conforme a série avança.
Outro rumor confirmado por Berman é o de que T’Pol originalmente seria T’Pau, vista no episódio clássico “Amok Time”. “Foi discutido como uma possibilidade, mas também foi determinado que havia questões legais que tornavam difícil para nós, por isso decidimos contra.” As dificuldades legais são que os direitos de criação da personagem são de Theodore Sturgeon, o roteirista de “Amok Time”. Caso T’Pau fosse usada, a Paarmount precisaria pagar Sturgeon por cada episódio exibido!
Rick esclarece alguma confusão sobre o nome da Enterprise. “Eu não acho que a chamaremos de SS Enterprise. Estamos apenas chamando de Enterprise.” Ele também informou que a tripulação tem cerca de “65 tripulantes”, contradizendo informações anteriores (que listavam 87, ou, como Rick mesmo havia dito à TV Guide, “70-80”). Ninguém sabe de fato qual o número que está valendo atualmente…
Finalmente, Berman revelou alguns nomes da equipe de roteiristas do seriado. “Estamos no processo de montar uma equipe. Temos alguns roteiristas que já estão no lugar. Temos uma mulher chamada Antoinette Stella, um cara chamado Fred Dekker. Temos dois times de roteiristas também. Temos também Andre Bormanis, que esteve trabalhando para nós por anos, mas agora está na equipe de roteiristas. Estamos todos trabalhando muito duro. Brannon e eu escrevemos um episódio adicional de uma hora, e as histórias para para três ou quatro outros, então estamos montando o staff vagarosamente, mas com segurança.”
Os créditos de Stella incluem a co-produção de “Melrose Place” e a produção em “Providence”. Dekker é um roteirista famoso no meio do horror, tendo escrito vários filmes e episódios no gênero, incluindo para a célebre série “Contos da Cripta”. No gênero sci-fi, Dekker escreveu o roteiro e dirigiu o filme “Robocop 3”.
Andre Bormanis há tempos é consultor científico de Jornada, e mais recentemente escreveu o roteiro do episódio “Nightingale”, do sétimo ano de Voyager.
Para fechar a entrevista, Berman aponta mais uma vez que a série terá uma cara mais “contemporânea” do que as séries anteriores de Jornada, oferecendo uma sensação mais próxima da que teríamos em uma nave de hoje. Ele diz que haverá muito desenvolvimento de personagens, assim como ação. “Certamente colocaremos tanta ação neste show quanto pudermos”, disse.