Dois atores de Voyager estiveram em evidência neste fim de semana. Enquanto Roxann Dawson (B’Elanna Torres) anunciou que seu segundo livro de ficção científica estará sendo lançado em agosto, Robert Beltran (Chakotay) mais uma vez malhou os roteiristas da série que ele acaba de encerrar.
Dawson estará lançando seu livro na Slanted Fedora Convention, evento que acontece em Washington (EUA), no próximo dia 5. Ela estará apresentando a obra, chamada “Tenebrea’s Hope” e estará autografando o livro para os fãs que comprarem um exemplar.
A história é a segunda parte de uma trilogia, e não é ambientada no universo de Jornada nas Estrelas. Dawson escreveu o livro em parceria com o autor Daniel Graham. O trabalho na trilogia já está em andamento durante os últimos seis anos, desde que a Simon & Schuster (dona da editora Pocket Books) perguntou se Dawson não estaria interessada em escrever um livro de ficção para eles. As únicas exigências da editora eram que a protagonista do livro precisaria ser uma forte personagem feminina, e que o ambiente da história fosse futurista.
Graham também estará disponível para autografar o livro, e a renda obtida com as vendas durante o evento será convertida para duas instituições de caridade dos EUA.
Enquanto isso, Robert Beltran não se contenta em ter concluído Voyager, e faz questão de continuar mordendo a mão que o alimentou nos últimos sete anos.
“Francamente, eu não acho que os roteiristas se importavam com o que aconteceria no fim. Voyager tem sido a bastarda feia da família Jornada nas Estrelas, e esse foi o jeito como foi tratada”, disse o ator à revista britânica Starburst. “Também fomos o único show que teve de carregar uma rede inteira [a UPN].”
“A audiência está baixa porque não está sendo vista por tantas pessoas no mundo quantas as que poderiam ver ‘Plantão Médico'”, disse. “Então [os produtores] nos olham dizendo ‘Esse show não seve. Vamos nos livrar dele o mais rápido possível para que possamos consertar para o próximo’.”
Beltran também desceu o malho na conclusão de Voyager, “Endgame”, que ele julgou como uma resolução insatisfatória. “Eu fiquei muito desapontado”, explicou. “Do meio da temporada em diante e fiquei esperando que eles começassem a se mover para fechar alguns arcos, mas eles não fizeram. […] Isso era para ser sobre nove pessoas na nave, tentando passar por algumas circunstâncias realmente extraordinárias. Francamente, não estou certo de que tenha terminado sendo assim.”
O ator acha que as pessoas que merecem a culpa pelos problemas de Voyager são os roteirists. “Eles tiveram um ano para se preparar, mas esperaram até os dois últimos episódios para consertar as coiass. Para mim, é apenas um sintoma de sua atitude de cavaleiros pouco dedicados com a série.”
“[Na temporada sete] Janeway vagarosamente se tornou ainda mais insolente, dominadora, egoísta sabe-tudo. E realmente, isso não significa nada como desenvolvimento de personagem. E eu não gosto também do modo como eles trataram [Tuvok, Kim e Neelix].”
Segundo Beltran, não foram apenas os escritores que chutaram o balde no episódio final. “Tristemente, Kate [Mulgrew, Kathryn Janeway] foi pega no meio e decidiu que não iria se divertir. Ela fez com que fosse muito difícil trabalhar com ela nos últimos dois meses da série. Ela realmente sentiu que fazendo de um certo modo talvez ela pudesse ter curado câncer, e esqueceu completamente que é apenas uma série de TV. Algumas pessoas apenas têm de construir castelos no céu.”
Pessoalmente, só tenho uma coisa a dizer a Beltran. “Cala a boca, Magda!”