Daniel Sasaki
Editor de Voyager
A última edição do newsletter da Cinescape Insider trouxe um especial sobre o futuro de Jornada nas Estrelas. Um dos pontos levantados foi a possibilidade de a Voyager ir para a telona, como fez a Nova Geração. É claro que isso dependerá da resolução da série –se eles voltarão ou não para casa–, mas os próprios atores não sabem muito a respeito dessa possibilidade. Robert Picardo (o Doutor) e Kate Mulgrew (capitã Janeway) foram perguntados sobre isso, e eles não estão otimistas.
Segundo Picardo, perguntaram isso a Rick Berman e ele foi, como sempre, totalmente evasivo. Na ocasião, o produtor-executivo disse que havia a possibilidade de todos ou alguns dos personagens aparecerem em um filme para cinema. Porém, entre a possibilidade e a certeza vai uma enorme distância. O ator não acredita que haja planos de fato, mas diz que o elenco da série certamente estaria interessado.
Mulgrew também não confirmou nada. Ela disse que eles não excluíram a idéia de um filme da Voyager, mas também não a estabeleceram. Ela acha que eles precisam ver como a nova série se desenrolará e o que acontecerá no episódio final de Voyager.
Em outra entrevista, desta vez à Science Fiction Weekly, a atriz comentou o que ela está sentindo com relação à conclusão da série.
“Meus pensamentos são introspectivos. Estive nas trincheiras com esse pessoal. Estar tão próxima deles durante sete anos e saber que isso terminará bruscamente quebra meu coração. Estou lutando com isso, mesmo agora, em preparação para o momento em que terei de dizer adeus a eles. Para mim, é sempre, essencialmente, sobre as pessoas. E eu os amo. Tenho feito essa jornada com eles. É nisso que estou me agarrando nesta temporada final.”
Entre as colocações, foi perguntado se, no começo, levou tempo para os roteiristas compreenderem como escrever para Janeway –a primeira mulher a comandar um seriado de Jornada. Ela disse:
“Estavam preocupados com meu inerente comando e autoridade. As duas primeiras temporadas foram difíceis –eu estava sendo altamente examinada, com cuidado e detalhe. Parecia-me que tudo era analisado centímetro por centímetro, e então quando viram que eu não só poderia comandar a nave mas fazê-lo com um grau de originalidade, começaram a relaxar –foi quando o processo de criação realmente começou. Acho que os roteiristas observam à medida que a personagem se desenvolve. Alguns atores fazem isso de modo mais eficaz do que outros, e acho que em meu caso eles passaram a confiar em mim. Agora eles entendem, exatamente, minha posse de Janeway, e sabem como escrevê-la.”