A luta entre os escritores e os produtores para evitar a greve que deve abalar Hollywood no segundo semestre já começou. No dia 22 tiveram início as negociações entre os representantes do WGA (Sindicato dos Escritores dos EUA) e da AMPTP (Aliança dos Produtores de Cinema e Televisão), em um esforço de fechar um novo contrato para os roteiristas. O contrato atual vigora até 1º de maio.
A conversa começou com uma sessão que durou 15 minutos entre o Presidente da Disney, Robert Iger, e o diretor da Dreamworks, Jeffrey Katzenberg. O diretor da Warner Bros, Barry M. Meyer, disse que estava lá para mostrar respeito pelos roteiristas e pelo processo, que nos últimos 12 anos resultou em um trabalho de paz em Los Angeles, não de conflito.
“Ninguém vai embora da mesa se tivermos feito algum progresso”, disse John Wells, diretor de negociação do WGA, mostrando a disposição em estender o prazo original de duas semanas designado para as negociações.
No começo, as negociações parecem estar indo bem, mas não houve até agora, sinal de nenhuma das duas partes de que um acordo estaria próximo. “Nós ainda não podemos dizer se eles poderão entrar em um acordo até que se aprofundem nos detalhes das propostas”, disse uma fonte da Variety.
Realçando a importância destas negociações, na segunda-feira o jornal da indústria de papel, o Daily Variety, decidiu publicar um editorial na capa, pela primeira vez nos 86 anos de sua história.
Armin Shimerman, que além de ser conhecido por seu papel como Quark, era co-presidente do Screen Actors Guild´s Agents Relations Committee (Comitê de Relações dos Agentes do Sindicato de Atores), desistiu de sua posição. Ele não ficou muito contente com a lentidão das discussões. “Tenho grande frustração com a junta do SAG sobre a falta de rumo para as negociações.”
A negociação com os atores está ainda mais complicada que a dos escritores. Além das exigências pesadas contra a indústria (principalmente ligadas a aumento de salários e ganho residual –pela múltipla exposição de um ator em reprises, seja de comerciais ou programas), o SAG não pretende iniciar as negociações até 1º de junho. O contrato atual vence um mês depois.
Se as negociações não obtiverem sucesso e a greve realmente ocorrer –o que é provável–, Jornada nas Estrelas pode pela primeira vez em 14 anos não ter nenhum novo episódio para exibir. Desde a estréia de A Nova Geração nos EUA, em 1987, nunca o franchise teve um período de descanso.
Fonte: TrekToday