A rede de televisão da Paramount (UPN) garantiu sua existência pelos próximos 18 meses, segundo a agência de notícias Reuters, ao fechar acordo com a companhia Chris-Craft para continuar veiculando sua programação em oito das mais importantes afiliadas da rede.
O contrato vigente com essas oito estações, responsáveis por mercados importantes como Nova York, San Francisco e Los Angeles, terminava anteontem e essas grandes cidades corriam o risco de ficar sem a UPN –evento que poderia selar de vez a história dessa rede que vem se arrastando desde sua criação, em 1995.
O medo da não-renovação surgiu quando a Chris-Craft (dona dessas oito estações) foi comprada pela News Corp, empresa responsável pela rede da Fox nos EUA. Entretanto, as duas empresas sempre reafirmaram o desejo de permanecer emparceiradas com a UPN.
A News Corp chegou até a sugerir que a rede devesse se tornar uma sociedade entre ela e a Viacom (empresa-mãe da Paramount). Até agora, embora seja uma possibilidade futura, esse negócio não se concretizou.
O novo contrato tem duração de 18 meses. O objetivo inicial da UPN era fechar um acordo de cinco anos, que daria maior estabilidade à rede. Com 18 meses, ainda é difícil pensar em investimentos de longa duração –ou seja, a empresa continua na corda bamba.
Por outro lado, as novas estréias da rede estão se dando bem. A nova série “Gary & Mike” estreiou bem na semana passada, rivalizando com o programa de maior audiência da rede, o show de luta-livre “WWF Smackdown!”.
Parece que a rede vai vagarosamente fazendo a curva que separa o fracasso do sucesso. Resta saber se a nova série de Jornada, atualmente escondida sob a manga de Rick Berman e Brannon Braga, irá mesmo parar na UPN. Alguns críticos da imprensa americana temem que, com o fim de Voyager, a UPN deixe de ter um programa voltado para o público composto por “seres inteligentes”. A Série V, boa ou ruim, certamente seria uma substituição adequada.
Resta saber se o público aguenta mais uma série de Jornada na televisão. Não que ninguém mais queira episódios inéditos por lá, mas é preciso entender que todas as outras séries estão sendo exibidas nos EUA em regime de syndication, ou seja, cinco vezes por semana. É muita Jornada para um país só. Mesmo com o tamanho dos EUA.